O dirigente político Pedro Briones foi assassinado a tiros nesta segunda-feira (14), em novo atentado político no Equador.
A ex-deputada federal e ex-governadora da província de Esmeraldas, Paola Cabezas Castillo informou em sua conta no Twitter que “uma bala assassina acabou com a vida” do aliado político. Ela também pertence aos quadros do partido Revolução Cidadã, o mesmo do ex-presidente Rafael Correa, uma das maiores lideranças de esquerda do país.
“Outro de nossos camaradas foi assassinado em Esmeraldas. Já basta”, lamentou Correa, nas redes sociais. Candidata à presidência pela legenda, Luisa Gonzáles também se manifestou. “O Equador vive sua época mais sangrenta. Devemos isso ao abandono total de um governo inepto e de um Estado dominado pelas máfias. Meu abraço solidário à família do camarada Pedro Briones, que caiu nas mãos da violência. A mudança é urgente”, disse.
No próximo domingo, 20, serão realizadas as eleições presidenciais do país. Hoje o Equador é governado por Guilherme Lasso, do Movimento Creo, de direita.
O atentado contra Briones ocorre cinco dias após a chocante morte de Fernando Villavicencio, que seria o candidato do partido centrista Construye. Ele deixava um comício em Quito quando foi alvejado por três tiros na cabeça. Seus aliados tentaram imputar o crime aos partidários de Rafael Correa, de quem Villavicencio era bastante crítico, mas não há nenhuma evidência quanto a isso. A polícia prendeu seis colombianos que pertencem a um “grupo criminoso internacional”.
No dia seguinte da morte de Villavicencio, uma candidata à Assembleia Nacional teve seu carro atingido por tiros em um novo atentado. O Equador vive uma escalada de violência, com forte influência dos cartéis de drogas da Colômbia e do México.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.