Esta semana também foi marcada pela Cúpula de Finanças Comuns (FICS 2023) na Colômbia, com mais de 100 organizações assinando um documento que convoca os bancos de desenvolvimento a adotarem ações tangíveis que priorizem e protejam as pessoas.
O chamado à ação enfatiza que para concretizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris, os bancos públicos de desenvolvimento devem mudar para uma abordagem baseada em direitos humanos e que priorize o envolvimento liderado pela comunidade.
O encontro encerrou nesta quarta-feira (6/9) com um novo plano focado em combater a poluição nos oceanos e uma reformulação na iniciativa global de títulos verdes. A discussão da reforma dos bancos de desenvolvimento será retomada na reunião anual do Banco Mundial e do FMI em Marrakesh, no mês que vem.
Sobre a FICS 2023
A 4ª Cúpula de Finanças Comuns (FICS 2023), aberta na segunda-feira (4/9), no Centro de Convenções de Cartagena, na Colômbia. O evento reúne durante três dias representantes de mais de 520 bancos públicos de desenvolvimento em todo o mundo, organizações multilaterais, partes interessadas do setor privado, associações regionais de instituições financeiras de desenvolvimento — instituições que representam 12% do investimento global anual para o desenvolvimento — além de delegados da sociedade civil e do governo da Colômbia.
O encontro é organizado pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina, Bancoldex e ALIDE – Associação Latino-Americana de Instituições Financiadoras do Desenvolvimento.
Entre os desafios colocados para o evento estão o fortalecimento das ações globais para garantir o desenvolvimento sustentável, avançar em soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, tornar definitivos e vinculativos novos acordos que mobilizem a arquitetura financeira internacional.
A Fomento Paraná participou do evento, representada pelo diretor-presidente Heraldo Neves que é segundo vice-presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), e pelo presidente do Conselho de Administração, Flávio Montenegro Balan.
Em um dos painéis do evento, Heraldo Neves apresentou a ABDE, falando sobre a experiência brasileira, e detalhou o funcionamento do Sistema Paranaense de Fomento (BRDE, Fomento e Invest Paraná), do Sistema de Financiamento aos Municípios (Fomento, SECID e Paranacidade), abordando o reposicionamento da Fomento Paraná para atender os pequenos negócios.
“Temos procurado fazer as entregas mais rápido, com condições de juros que justifiquem a presença da instituição controlada pelo governo no sistema financeiro”, explica o diretor.
Neves também se reuniu com a ex-diretora do BID Maria Netto, que atualmente é diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), com objetivo de buscar uma parceria com essa instituição filantrópica que trabalha para avançar a agenda climática no Brasil.
A intenção, segundo o diretor, é aproveitar o momento nacional, pois o Brasil se prepara para receber a COP30 em Belém (PA), e deverá presidir o G-20 (dezembro de 2023 a novembro de 2024), então o Sistema Nacional de Fomento busca melhor se inserir em frentes de trabalho atuais do Governo Federal, como o novo PAC, o novo Fundo Clima, e a agenda de neoindustrialização, que deve dirigir recursos para essa estratégia.
Com informações do Climainfo e Fomento Paraná