Desde o dia 01 de julho, o Estado americano da Flórida, nos Estados Unidos (EUA) está com uma nova lei, que para muitos é conhecida como “Lei Anti-imigração”. A mesma impõe diversas normativas para saber se o imigrante que está no local é indocumentado ou não, desde atendimentos emergências em hospitais, como paradas nas estradas, transporte, entrada em locais públicos, empresas com mais de 25 funcionários.
O imigrante ilegal que for pego na Flórida será imediatamente deportado para o seu país de origem, com isso um grande êxodo está acontecendo no Estado, fazendo com que imigrantes busquem estados “pró-imigrantes” como Massachussets. O efeito já é visto na construção civil, turismo, restaurantes e limpeza, cargos comumente ocupados por imigrantes.
Com esse êxodo empresas estão pressionando o governador Ron DeSantis, que esta semana apenas informou que não irá aceitar a carteira de habilitação (drivers license) de estados americanos que não exigem o Social Security (o que seria o CPF no Brasil). Existe uma regulamentação federal nos demais estados, portanto, a lei estadual não pode impor a Federal.
Agências americanas de apoio à imigrantes e de defesa de Direitos Civis estão entrando com diversas ações contra o Governo da Flórida, principalmente no quesito do transporte de imigrantes indocumentados para dentro do Estado. Exemplo: se um motorista de ônibus está levando para Flórida pessoas que não possuem documentação, mas compraram bilhete em rodoviária, quem será penalizado é o motorista que perderá seu direito de dirigir e receberá multa por cada imigrante ilegal que transportar, não podendo mais operar em rodovias do Estado, na prática DeSantis quer que o motorista vire um “policial de imigração”, exigindo das pessoas documentações restritas.
Segundo o Itamaraty, existem mais de 300 mil brasileiros na Flórida e o estado possui 21% da população total de imigrantes.