Um ciclone extratropical, fenômeno meteorológico responsável por causar fortes chuvas e ventos atua nesta semana em parte do Brasil, com os efeitos mais fortes entre 10 e 11 de agosto, pelos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Comuns na história climática brasileira, os ciclones extratropicais costumam se formar no extremo sul do país, entre o Rio Grande do Sul e Argentina e Uruguai, países vizinhos. Seus ventos são mais fracos e seus efeitos têm duração menor em comparação aos ciclones tropicais.
“Ciclones extratropicais no Oceano Atlântico se formam toda semana, dezenas deles às vezes. Mas é comum que se formem perto do polo sul, muito distante. Por isso não mencionamos na previsão do tempo – um ciclone extratropical a mil quilômetros da costa não vai causar nenhum efeito para a população”, explica Estael Sias, meteorologista do MetSul, plataforma de conteúdo meteorológico.
A diferença do fenômeno que vemos agora, explica Sias, é sua área de formação, que fica entre os estados de Santa Catarina e São Paulo, e a proximidade com a costa atlântica, que faz com que a população sinta os efeitos.
“A formação não é tão rápida quanto a de um tornado, por exemplo, que acontece em minutos. As autoridades já estão observando o fenômeno há entre cinco e sete dias”, aponta Ana Avila, meteorologista e pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).