O atendimento iniciou com as populações originárias com 100 cestas básicas que foram doadas aos povos Piratapuia, Tikuna, Sateré Mawé, Tukano, Baré e Mura. A ação é uma iniciativa das Tuxauas do Boi Caprichoso Ira Maragua, Kim Sateré Mawé, Thaís Kokama e da levantadora Indígena, Ira Tikuna.
A Diretoria, Conselho de Arte e a Tuxaua do Caprichoso, Ira Maraguá, fizeram a entrega simbólica para o presidente da Associação dos Kapi das Lideranças Tradicionais, Josias Sateré. Um momento onde o discurso azul e branco amplia sua vida e força.
“Já faz algum tempo que o boi Caprichoso tem nos ajudado em momentos tão difíceis. Primeiro na pandemia e agora na seca. Isso é uma ajuda de muito valor já que no tempo da seca as aldeias ficam isoladas e o Boi Caprichoso tem esse compromisso social com os povos indígenas”, assegurou o líder indígena.
A Tuxaua do Caprichoso, Ira Maraguá, afirmou que o Boi Negro de Parintins é um bumbá que vai muito além do discurso na arena do bumbódromo. “A seca atrapalha o nosso dia-a-dia, nos deixa sem água, sem alimentos e o boi Caprichoso não olha apenas por uma comunidade ou um povo, ele olha por todos e a gente tendo esse apoio, nos sentimos muito felizes”, destaca a indígena.
Receberão a contribuição de alimentos do boi Caprichoso 15 famílias do povo Piratapuia, 20 famílias do povo Tikuna com o povo Sateré, 15 famílias do povo Tukano, 30 famílias dos povos Baré e Mura e 15 famílias do Povo Sateré Mawé do Baixo Amazonas.
O Boi Caprichoso pretende realizar outras ações até o aniversário dele para buscar amenizar a difícil situação dos povos originários e dos povos ribeirinhos. “O Caprichoso se preocupa, porque as lutas e os levantes indígenas a gente trabalha muito na poesia Caprichoso, na arte do boi Caprichoso na arena do bumbódromo e por conta disso a gente se sente na obrigação também de fazer pelos povos indígenas de maneira real e viva”, destacou o presidente do Conselho de Arte, Ericky Nakanome.
Sob a orientação do presidente Rossy Amoedo, a entrega foi feita pelo vice-presidente Diego Mascarenhas, pelo presidente do Conselho, Ericky Nakanome, Juciele Cursino e Aurilene Figueiredo. “O Caprichoso sempre se destacou por ser um boi de causas sociais. Nossa arte no Festival de Parintins é um reflexo artístico da nossa realidade amazônica, de todas as realidades e não podemos nos negar a atuar em todas elas. Temos que cuidar do nosso povo”, disse o presidente Rossy Amoedo.