A primeira edição da Navalshore Amazônia começa nesta quarta-feira, 24, com 55 estandes, com mais de 100 marcas nacionais e internacionais. O evento voltado para a construção naval de embarcações, que reunirá fornecedores de produtos e serviços especializados no setor naval, acontecerá pela primeira vez na Amazônia, reforçando a importância da região para o setor.
Para Marcos Godoy, diretor da Navalshore e da Revista Portos e Navios, as características da região e a sua importância para o cenário econômico do país motivaram a criação de um evento especificamente na Amazônia. “A região amazônica tem uma dinâmica de logística própria. Pela característica de o rio ser a principal estrada, a demanda por meios de transportes flutuantes é perene. Isso é histórico e proporcionou o desenvolvimento de uma indústria fluvial poderosa, para atender tanto o transporte de passageiros como de cargas”, afirmou o diretor.
Por outro lado, mesmo com o setor estabelecido, há vários desafios e demandas que precisam ser debatidas. “Com o desenvolvimento do Arco Norte, o transporte na região não para de crescer e a demanda por soluções logísticas vai exige investimentos para que os estaleiros cresçam, aumentem continuamente a produtividade, com sustentabilidade. E é aí que a Navalshore atua”, afirma Marcos Godoy.
Ao promover o encontro de tomadores de produtos e serviços e seus fornecedores, o evento contribui para o debate, criação de soluções e negócios. Paralelamente à feira, há a conferência, com a participação dos principais atores dessa indústria. “A indústria naval da região não conhece os problemas da indústria naval marítima, que depende dos ciclos econômicos e políticas governamentais. Há muito espaço para que a indústria naval fluvial da região amazônica atinja um grau de excelência e modernização”, anima-se Godoy.
Ainda de acordo com o coordenador, a Navalshore é realizada desde 2004 no Rio de Janeiro e namora com a região Norte há muito tempo. “Nossa expectativa nesta primeira edição em Manaus é a melhor possível. A iniciativa recebeu total acolhida pelas empresas, entidades empresariais e poder público do Amazonas. O espaço para exposição está totalmente ocupado e não pudemos atender a todas as empresas que solicitaram espaço de última hora”, celebra.