Empresas que investem em governança experimentam ampliação da credibilidade no mercado e a facilitação do acesso a crédito e investimentos.
A governança corporativa tem sido cada vez mais adotada por empresas que buscam maior transparência, eficiência e sustentabilidade nos negócios. Um dos principais pilares desse modelo de gestão é o Conselho Consultivo, uma instância estratégica que contribui para a tomada de decisões e profissionaliza a administração empresarial.
Diferente do Conselho de Administração, que é previsto pela Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) e possui atribuições formais, o Conselho Consultivo é uma opção flexível e voluntária, voltada para empresas que desejam contar com orientação especializada e visão de longo prazo. “O Conselho Consultivo é um diferencial competitivo, pois oferece suporte qualificado para a gestão e fortalece a governança”, destaca Rafael Mafra, CEO da Digiwork Inteligência Contábil e com formação em Conselho de Administração e Governança Corporativa.
Entre os principais benefícios da implementação de um Conselho Consultivo estão a melhoria da governança corporativa, a ampliação da credibilidade no mercado e a facilitação do acesso a crédito e investimentos. Isso porque, segundo Mafra, empresas que adotam essa estrutura estão mais preparadas para enfrentar desafios econômicos e regulatórios. “Hoje, diversas instituições financeiras oferecem condições mais vantajosas para empresas que possuem governança estruturada e um conselho atuante”, explica.
A contabilidade também desempenha um papel fundamental nesse contexto, fornecendo análises financeiras detalhadas e estruturando indicadores de desempenho para embasar decisões estratégicas. “Podemos atuar de forma passiva, oferecendo informações e relatórios para o conselho, ou de forma ativa, com contadores que são também conselheiros certificados, trazendo um olhar estratégico para a gestão empresarial”, pontua Mafra.
O especialista reforça que já teve a oportunidade de implementar conselhos consultivos em diversas empresas, especialmente em companhias familiares que precisavam de uma estrutura mais profissionalizada. “Em muitas organizações familiares, os papéis e responsabilidades dos sócios nem sempre estão bem definidos. Com um conselho bem estruturado, conseguimos evitar conflitos, estabelecer funções claras e criar um ambiente propício ao crescimento sustentável”, destaca.
Com um mercado cada vez mais exigente, empresas que adotam boas práticas de governança se destacam e garantem maior perenidade nos negócios. “A governança corporativa não é apenas um conceito, mas uma necessidade para empresas que desejam crescer de forma estruturada e sólida”, finaliza Mafra.