O Dia Internacional do Profissional de Recursos Humanos, celebrado no dia 03 de junho, reconhece os profissionais que tanto contribuem com a parte mais importante de qualquer negócio: as pessoas. Já foi o tempo que o Rh era só seleção e DP. Hoje, temas importantíssimos como ESG, Saúde mental, IA Generativa estão na pauta do Rh. Segundo a Companhia de Estágios, empresa líder no Brasil em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e jovens aprendizes, que conduz mais de 4 mil vagas por ano, os profissionais de Recursos Humanos passam hoje pelo maior e mais intenso momento de transformações da história.
“A pandemia acelerou o home office, permitiu às empresas contratar profissionais que residem em qualquer lugar do mundo, ampliou o papel das redes sociais para divulgar oportunidades de emprego e inseriu tecnologias como Metaverso e a inteligência artificial generativa, como ChatGPT nos processos seletivos. Tudo isso tem feito as áreas de Recursos Humanos investirem em inovação e no aprimoramento da experiência de candidatos durante os processos seletivos”, afirma Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios.
Cada vez mais, os talentos vêm priorizando oportunidades flexíveis, possibilidade de home-office e trabalhos autônomos – o que só aumenta o desafio dos profissionais de RH, que precisam reinventar a forma como desenham a atração e a seleção de talentos.
Levando esses movimentos em consideração, a Companhia de Estágios elencou as dez principais tendências para o setor de recrutamento e seleção nos próximos anos, confira:
- Experiência candidate-friendly
O tempo de entrevistas e processos sem atualização acabou, especialmente para quem está de olho na Geração Z. Mais exigentes, essa geração quer processos bem definidos, que mostram em qual etapa estão. Eles também desejam retorno — positivo ou negativo — a cada etapa. Transparência, feedback e manter as portas abertas estão entre as palavras-chaves aqui.
- Recrutamento ágil
Em tempos de TikTok, em que informações e imagens circulam cada vez mais rápido, um processo longo e com retornos demorados pode desestimular os candidatos. No recrutamento ágil, o RH já parte sabendo com clareza qual perfil busca e não recorre a etapas que não sejam fundamentais. A troca é fluida e eficiente, sendo o retorno rápido e com foco nos talentos e em como eles podem ser contemplados durante a seleção.
- Seleção Data-driven
Pode soar como algo já ultrapassado, mas ainda há muitos casos em que todo um processo resulta na escolha do candidato errado. Por isso, o foco do R&S no futuro deve ser o uso inteligente dos dados, unindo áreas e utilizando a análise estruturada de indicadores para testar novas abordagens e observar como impactam os processos.
- Diversidade 2.0
Para fomentar a diversidade nas empresas, os profissionais de RH devem estar preparados para criar ações que realmente sejam efetivas. Para começar, vale ter atenção redobrada com os algoritmos das redes sociais na hora de selecionar candidatos. Eles podem ajudar a compreender o perfil de quem aplica a determinadas vagas e até mesmo auxiliar os processos a serem mais diversos e assertivos, porém, é importante cuidado para que a inteligência artificial não reproduza os preconceitos humanos e, o que era para ser inclusivo, acabe deixando candidatos de fora. Nesse caso, é necessário um olhar atento e cuidadoso para compreender se a máquina está colaborando ou prejudicando a diversidade, além de verificar se o processo é de fato inclusivo, especialmente para pessoas com deficiências.
Além disso, é importante criar ações para tornar as lideranças mais inclusivas, abastecendo-as de informações e conhecimento que permitam vencer obstáculos como preconceitos e vieses inconscientes. Flexibilizar alguns pré-requisitos em processos seletivos para cargos de entrada, como idade do candidato, faculdade de primeira linha e idiomas, também contribui para formar equipes mais diversas.
- Social hiring
As redes sociais se tornaram aliadas dos processos seletivos. Por meio delas muitas pessoas buscam vagas, então, ter conhecimento para que oportunidades se tornm mais atrativas é primordial. A ideia aqui é ser criativo, autêntico e criar um senso de comunidade, cativando os candidatos para além do tradicional. O uso de hashtags específicas como #administracao ou #engenharia nos posts de divulgação de vagas abertas pode fazer toda a diferença para atrair o perfil de candidatos buscados.
- Programas de nicho
Você conhece seu público-alvo? Que tal utilizá-lo de maneira assertiva? Processos focados em áreas específicas do negócio tornam a experiência mais fluida para ambas as partes, contribuindo também para a criação de um banco de talentos onde há gaps e para programas de desenvolvimento interno mais robustos. Exemplos: programas tech, programas de diversidade, programas com foco social.
- Benefícios flexíveis
O tempo de pacotes de benefícios básicos como vale-refeição e vale-transporte está chegando ao fim. Cada vez mais os trabalhadores desejam escolher os benefícios de acordo com as suas necessidades. Oferecer benefícios flexíveis, que permitam ao funcionário decidir onde alocar o dinheiro, folga no dia do aniversário, dress code livre, mentoria, cursos de idiomas é um diferencial e tanto na hora de anunciar uma vaga.
- Remote first
Se trabalhar no estilo home-office fez sucesso, imagine nos processos seletivos. Ainda que algumas etapas precisam ser presenciais, a ideia é tornar a seleção cada vez mais digital. As empresas que vão conquistar o coração dos candidatos são aquelas com foco no recrutamento remote first, com etapas remotas ágeis e amigáveis. A dica é também válida para o modelo de trabalho que será oferecido para a vaga, dentro do possível, o modelo híbrido tem feito sucesso na maioria das empresas hoje em dia.
- Inteligência artificial generativa
A principal aposta das organizações que desejam reinventar seus processos seletivos é o uso de tecnologias como ChatGPT e outras soluções que usam inteligência artificial generativa. Os encontros por meio de ferramentas como o Zoom marcaram o começo das seleções online, mas ficaram obsoletos à medida em que os candidatos se tornam mais atentos e exigentes. As inúmeras possibilidades de interação no modelo remoto são cada vez mais essenciais para criar experiências imersivas entre candidatos e recrutadores.
- Flexibilidade
Está cada dia mais evidente que as pessoas buscam mais flexibilidade na hora de trabalhar, o que contribui para a saúde mental e a qualidade de vida. Estágios híbridos e empresas menos engessadas, por exemplo, é o que muitos candidatos buscam e é o caminho pelo qual os processos de R&S devem seguir. O futuro é sobre ter liberdade, especialmente sobre o local onde trabalhar e em qual horário.
“Além de acompanhar essas tendências, os profissionais de RH precisam estar conectados à maneira com que cada inovação é implementada. Para isso, precisam estar preparados para liderar esses processos inovadores e encorajar as equipes a participar, sempre de maneira que transmita confiança e humanize ainda mais as relações interpessoais”, conclui Tiago Mavichian.