A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco divulgou, nesta quinta-feira (7/9), orientações mundiais sobre a utilização da Inteligência Artificial Generativa (IA), propondo fixar nos 13 anos a idade mínima para que os alunos possam utilizar a ferramenta em contexto escolar.
O organismo da ONU também pede aos governos para regularem com rapidez o uso da IA nas escolas e universidades no sentido de garantirem a ética e concentrando nos humanos a educação e a investigação.
A Unesco ratifica que os professores devem possuir formação adequada, assim como devem ser estabelecidas normas mundiais, nacionais e regionais para a proteção dos dados e da privacidade.
Ainda alerta que o uso da IA está agravando o fosso digital de dados e que os modelos atuais de ChatGPT usam dados de utilizadores que refletem os valores e as normas sociais dominantes do Norte do Globo.
Em junho, a Unesco advertiu que a utilização da IA Generativa nas escolas está sendo implementado com excessiva rapidez através de uma “preocupante falta de escrutínio, controle e regulação”.
A IA Generativa pode criar textos, imagens, vídeos, música e códigos de programação informática, acabando por provocar profundas implicações para a educação e para os processos de investigação.
Uma sondagem recente realizada pela Unesco com mais de 450 escolas e universidades, indicou que apenas 10% implementou normas sobre o uso desta ferramenta tecnológica devido, sobretudo, à falta de normas nacionais.
“A Inteligência Artificial Generativa pode ser uma grande oportunidade para o desenvolvimento humano, mas também pode causar danos e preconceitos”, frisa a diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay. Ela afirma que “a ferramenta [IA] não pode integrar-se na educação sem o compromisso público e sem as salvaguardas e regulações necessárias por parte dos governos”.
Com informações da RTP