Alguns podem não lembrar, mas na memória de muitos a Escola Técnica Federal do Amazonas ou simplesmente Etfam era sinônimo da elite de educação no Amazonas.
Anos passaram e a Etfam virou Cefet-AM (Centro de Educação Federal e Tecnológica do Amazonas) e, atualmente, Ifam (Instituto Federal do Amazonas).
Egressos se reuniram, em prol da amizade e dos velhos tempos de atletas e fundaram, em 2017, o Jeetfam (Jogos dos Egressos da Escola Técnica do Amazonas). Os jogos, paralisados por uma pandemia, neste sábado (30/09), chegam à terceira edição e a emoção tomou conta desde as primeiras horas.
Para o mestre de cerimônia, ex-aluno e jornalista, Meike Farias, ser etfano é “ter uma família. Não fizemos só amigos, fizemos irmãos. Perdemos muitos com a pandemia, mas nos unimos ainda mais. Hoje, vamos celebrar o esporte e, principalmente, a amizade”, disse emocionado.
No momento cívico, o professor Valmir Prado de Alencar, técnico de Handebol da Etfam, ex-diretor-presidente da Vila Olímpica de Manaus e incentivador do esporte no Amazonas, foi homenageado pela campeã brasileira de Handebol e etfana, Nira.
“Aprendi com o senhor a ter foco e determinação. Hoje, o esporte me deu tudo isso, fomos campeãs no Chile e em breve, se Deus permitir, iremos brilhar em Portugal pelo Master”, emocionou-se ao entregar medalhas de reconhecimento a ele.
Muito emocionado, o professor agradeceu as palavras da ex-aluna e hoje atleta da seleção Master e aproveitou para falar de outros alunos que foram destaques regionais e nacionalmente pelo esporte.
Jogos de futsal, handebol, vôlei, natação foram realizados no complexo esporti¹vo da instituição.
Emoção à flor da pele
No período da pandemia, a eterna “Escola”, como todos que passaram a chamam, amargou com a perda de ex-alunos, alunos e docentes. E o etfano, Gilvandro Seixas, mais conhecido como “milagre da pandemia”, extremamente emocionado, deu o seu depoimento.
“Deus me deu uma segunda chance e hoje estou aqui para agradecer a Deus e aos amigos da Etfam que me ajudaram com orações, com apoio financeiro, no momento que eu pensei que eu iria morrer”, discursou muito emocionado.
O campeão brasileiro de vôlei sentado, Carlão Alves do Nascimento, também aproveitou o ensejo para fazer o seu depoimento. “Em agosto, eu, que já havia perdido uma perna para a trombose, pensei que iria morrer, mas vi o agir de Jesus na minha vida ao restabelecer minha saúde através de uma cirurgia e poder voltar a rever vocês e jogar”, complementou.
Ao fim, foi realizado uma homenagem a todos que tiveram a vida ceifada na pandemia, no pátio do “Anfiteatro Mangueirão” e com os alunos aplaudindo.
Uma feijoada para acompanhar a amizade de mais de duas décadas foi servida, com a certeza de que ano que vem tem mais.