A Receita Federal divulgou que iniciará o período de restituições do Imposto de Renda (IR) no dia 31 de maio. A restituição é destinada exclusivamente aqueles que contribuíram além do exigido. O montante é determinado e detalhado na própria declaração de Imposto de renda. Para aqueles que terão direito, é uma excelente oportunidade para quitar dívidas, fazer reserva de emergência ou até melhorar suas aplicações. Você já pensou o que fará com a sua restituição? Para o analista, Ivan Eugênio, a decisão de onde investir deve variar de acordo com a necessidade de cada pessoa. Mas, ele ressalta que há investimentos para quem quer retorno a curto, médio e longo prazo. “É essencial compreender os objetivos financeiros da pessoa, seja para estabelecer uma reserva de emergência ou para investir no curto, médio ou longo prazo. Analisar a realidade individual é importante, pois somente assim podemos definir a melhor estratégia”, explica.
Curto e médio prazo:
“Para seus objetivos de curto e médio prazo, o recomendado é o investimento em ativo de renda fixa, pois aqui temos uma maior previsibilidade da rentabilidade. Para fazer reserva de emergência, os títulos pós-fixados do Tesouro, que tem retorno atrelado à taxa Selic, são uma boa opção. O Tesouro Selic pode ser resgatado a qualquer momento sem perdas para o investidor”, explica Ivan.
O especialista diz que os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), de boas instituições financeiras, também são opções atrativas, pois oferecem títulos com prazos determinados, três, seis meses ou dois por exemplo. Os CDBs oferecem um pouco mais de risco, por isso esses são ativos emitidos por bancos que possuem proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
“É fundamental ajustar a data de vencimento dos títulos de acordo com o objetivo desejado. Vale ressaltar que títulos prefixados e indexados à inflação podem apresentar variações negativas em sua avaliação de mercado ao longo do período de aplicação. No entanto, no momento do vencimento, o investidor receberá a taxa contratada previamente, independente das oscilações ocorridas ao longo da vigência da aplicação”, explica.
Longo prazo:
“Minha recomendação para quem não tem pressa no retorno do dinheiro que será aplicado, são os fundos imobiliários (FIIs) e as ações. Aqueles que querem começar a investir em ações com pouco recurso, pode comprar as ações através do mercado fracionário, com isso é possível uma carteira com um capital reduzido. Lembrando que aqui esperamos uma maior rentabilidade no longo prazo, mas os riscos também são maiores”, pontua Ivan.
Planejamento para os gastos de início de ano
Uma alternativa interessante é também o investidor preservar o valor da restituição para o pagamento das despesas de início do ano, como IPVA, IPTU, material escolar, dentre outras. Por ser um valor que o investidor irá utilizar no curtíssimo prazo, o indicado é uma aplicação de renda fixa, pós-fixada e com liquidez, explica o analista.
O que é o Fundo Garantidor de Crédio (FGC)?
O FGC é uma associação privada civil sem fins lucrativos, que tem como objetivo garantir a recuperação de depósitos e créditos em instituições financeiras, em caso de falência. Ele protege o capital e a rentabilidade do investidor que investe em renda fixa. “Os investidores precisam ficar atentos, pois essa garantia não é ilimitada e nem engloba todos os investimentos de renda fixa. O limite por CPF ou CNPJ é de 250 mil por instituição participante, mas tem um teto de até R$ 1 milhão por investidor e validade de quatro anos”, finaliza Ivan Eugênio.