Já recebeu uma ligação ou e-mail com uma oferta para quitar uma pendência financeira que você tem com outra empresa, banco ou financeira? Você, possivelmente, esteve em contato com uma recuperadora de crédito. Essas companhias são especializadas em ajudar pessoas a saírem das dívidas e recuperarem o acesso a cartões e outras modalidades de crédito, inclusive, muitas vezes com opções melhores de negociações.
Claudia Andrade, head de Cobrança e Atendimento, explica como as recuperadoras de crédito funcionam.
O que é uma recuperadora de crédito?
É uma empresa contratada por bancos, financeiras, lojas, operadoras de telefonia, fundos de investimentos, entre outras, para fazer a gestão e a administração de suas carteiras de dívidas decorrentes de clientes inadimplentes. Na prática, as recuperadoras pensam na melhor forma de apoiar as pessoas que contraíram dívidas para que elas consigam quitá-las, oferecendo um bom desconto, parcelas que cabem no bolso ou até uma nova negociação.
A Recovery atua há mais de 25 anos nesse mercado e já ajudou mais de 34 milhões de pessoas a transformarem suas dívidas em recomeços e a voltarem a planejar objetivos que desejam conquistar, como por exemplo, montar um negócio ou comprar a casa própria. A empresa faz a gestão de dívidas e toda a estratégia de cobrança da iResolve Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros S.A., que é de uma empresa securitizadora, e também do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não padronizados – NPL II, do Itaú, que são proprietários dessas dívidas por aquisição de créditos decorrentes de bancos e empresas do mercado nacional, como Natura, Carrefour ou lojas Marisa, por exemplo.
Como uma dívida chega à recuperadora de crédito?
Para entender melhor como e o porquê a Recovery realiza a gestão de dívidas, vale primeiro entender o que é cessão de crédito. É o que acontece, por exemplo, quando uma pessoa realiza um empréstimo junto ao Banco ou se utiliza de cartão de crédito para comprar algo que deseja. No caso, ela se torna devedora de um valor, gerando uma dívida a ser paga. Porém, por várias razões como perda de emprego, falta de planejamento ou imprevistos, essa pessoa pode deixar de honrar com essas dívidas nos prazos de vencimento combinados.
Ela se torna, então, um devedor inadimplente, e passa a ser cobrada pela empresa que lhe concedeu esse crédito enquanto credora da dívida, a qual tenta receber esse valor em atraso e reconquistar o cliente para novas operações de crédito. Às vezes, entretanto, a empresa credora e o endividado não conseguem fechar um acordo, ou se fecham, o endividado não consegue cumpri-lo em razão de novos imprevistos, falta de planejamento, entre outros motivos, e essa dívida fica em aberto por um determinado período.
Depois de várias tentativas de cobrança, a empresa credora pode optar por vender o crédito a receber, decorrente dessa dívida, ou seja, fazer uma cessão do crédito – para outra empresa, que passa a ser a nova proprietária da dívida. Quem costuma investir na compra dessas carteiras de crédito são as securitizadoras ou os fundos de investimentos, que, por sua vez, contratam, então, as empresas recuperadoras de crédito para fazer a gestão e a cobrança dos valores decorrentes dessa dívida.
É por isso que, ao renegociar dívidas para quitação à vista ou parcelada das dívidas, as pessoas inadimplentes podem receber ligações e outras formas de contato de empresas diferentes daquelas em que possuem valores em aberto. A mesma coisa pode ocorrer com os boletos oriundos dessas renegociações, em que aparecem nomes de outras companhias.
“As recuperadoras de crédito costumam oferecer condições de pagamento de dívidas mais flexíveis, com parcelas que cabem melhor no bolso dos consumidores. Para facilitar que as pessoas possam realizar a renegociação de dívidas, as recuperadoras de crédito fazem campanhas bem atrativas para resgatar a saúde financeira”, Claudia Andrade;