Ibovespa
O Ibovespa operou em alta no pregão da segunda-feira, 6, puxado pelos bancos, que sobem em bloco, e refletindo os mercados externos. O principal índice da B3 começou com forte alta após reportagem do Washington Post sinalizar que Trump deve ser mais brando nas tarifas de importação. Isso deu uma injeção de otimismo aos mercados internacionais e ajudou o Ibovespa.
Na terça-feira (07), o Ibovespa avançou enquanto renovava máximas e tentava defender a marca dos 121 mil pontos em dia de agenda esvaziada, mas com atenção para os dados de inflação e dólar. Grande parte da carteira teórica da referência subiu na terça-feira (7), com exceção dos papéis mais sensíveis à moeda americana, que cederam, enquanto a moeda recuava a R$ 6,06 nesta tarde. A alta de segunda e terça-feira sugere ser apenas um “repique”, se aproveitando ainda dos relatos de uma gestão de Donald Trump mais branda em suas medidas protecionistas.
Revertendo a tendência de alta das últimas duas sessões, o Ibovespa operou em queda no pregão da quarta-feira, 8. Tanto a bolsa como o câmbio foram impactados pela visão de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) terá menos espaço para cortar juros, após dados de emprego e de serviços virem mais fortes do que o esperado.
O Ibovespa, na quinta-feira (09), acentuou o ritmo de alta, mas perdeu o nível de 120 mil pontos. A principal referência da B3 subiu 0,17%, aos 119.827,85 pontos, oscilando entre máxima, de 120.145,30 pontos, e mínima, de 119.501,97 pontos. A recuperação do Ibovespa no começo da tarde ocorreu em meio ao desempenho positivo das ações de grande peso para o índice.
O Ibovespa operou, na sessão desta sexta-feira, 10, em queda com o mercado repercutindo a inflação de 2024 acima da meta. Outro destaque de hoje é o payroll, relatório de empregos não-agrícolas do setor privado, que veio muito acima do esperado pelas expectativas. Conforme o esperado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação no Brasil, acelerou em dezembro ao registrar uma alta de 0,52% ante os 0,39% registrados em novembro. Essa é a oitava vez desde 1999 que o Banco Central (BC) descumpre a meta. Nos últimos quatro anos, 2021, 2022 e 2024 fecharam acima da meta.
Com isso, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, há apenas dez dias em seu mandato, começará a sua gestão escrevendo uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para explicar o descumprimento da meta. No contexto da política monetária, a análise dos dados requer cautela. Embora grande parte da alta observada no período seja atribuída à variação dos preços dos alimentos e aos choques sazonais que afetam itens com peso significativo no cálculo do IPCA, outros movimentos de natureza conjuntural, e, portanto, mais preocupantes, estão se consolidando em um nível inflacionário incompatível com o cumprimento da meta de inflação.
O Ibovespa (IBOV) termina a semana com os indicadores mais esperados pelo mercado. Por aqui, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, confirmando que a inflação fechou acima do teto da meta de 2024. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,53%, aos 119.146,51 pontos, por volta de 15h10 (horário de Brasília).
Câmbio
O dólar fechou a segunda-feira (06) com queda superior a 1% ante o real, em sintonia com o cenário positivo para as moedas de países emergentes no exterior após a notícia de que o governo de Donald Trump pode adotar tarifas de importação não tão elevadas nos Estados Unidos. Apesar do recuo no Brasil, a moeda norte-americana se manteve acima dos 6,10 reais, numa sessão marcada por liquidez ainda reduzida neste início de ano.
O dólar teve na terça-feira (7/1) a segunda queda consecutiva diante do real. A moeda americana terminou o dia com uma baixa de 0,13%, cotada a R$ 6,10. O dólar passou boa parte do dia em uma queda mais expressiva e chegou a valer R$ 6,05 em determinado momento do dia, mas recuperou as perdas e fechou a terça quase em estabilidade. No exterior, o dólar também desvalorizou. O mercado ainda espera dados econômicos dos EUA e avalia se as políticas de tarifas do presidente eleito Donald Trump estarão alinhadas com sua retórica.
Na quarta-feira (08), o dólar voltou a subir. Tanto a bolsa como o câmbio foram impactados pela visão de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) terá menos espaço para cortar juros, após dados de emprego e de serviços virem mais fortes do que o esperado.
Após uma sequência de duas baixas, o dólar encerrou a quarta-feira (8/1) com uma leve alta de 0,09%, fechando o dia a R$ 6,10.
O dólar caiu mais de 1% na quinta-feira (09), para abaixo de 6,05 reais, em sessão de baixa liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos, com investidores retirando dos preços parte dos excessos do fim de 2024, em meio à agenda esvaziada no Brasil. O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, aos 6,0431 reais. No mercado doméstico de câmbio, o dólar recuou 1,11% a R$ 6,041. Na quarta-feira, a moeda americana encerrou em alta de 0,08% ante o real, a R$ 6,1090, em um dia de fortalecimento global da divisa. A sessão foi marcada por novas sinalizações das potenciais tarifas da administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O cenário permanece incerto, com o mercado oscilando entre expectativas de tarifas menores e ajustes mais severos.
O dólar teve forte alta nesta manhã de sexta-feira frente ao real, subindo 1,20% para o patamar de R$ 6,11, após dados muito acima do esperado de criação de emprego nos Estados Unidos terem reduzido as expectativas de cortes de juros na maior economia do mundo. A moeda americana começou o dia em leve alta, mas disparou após a divulgação do payroll americano às 10h30 – um dos dados mais aguardados nos mercados financeiros, porque ajudam a moldar as expectativas para a política monetária. Foram criados 256 mil empregos em dezembro, contra a expectativa de 155 mil, reforçando a projeção de uma economia ainda muito aquecida. Os Treasuries de dois e cinco anos saltaram quase 3% por volta das 10h40, refletindo as expectativas de pausa nos cortes de juros.
É uma semana com poucos indicadores, poucas movimentações relevantes na economia, o que faz com que os investidores acabem reorganizando sua carteira de investimentos.
*por Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.