Depois de um mês consecutivo de quedas semanais, o Ibovespa começou mais uma semana no negativo. O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,44% na segunda-feira, 17, fechando aos 119.137 pontos. O dia foi marcado por preocupações com o Boletim Focus, que refletiu as incertezas fiscais.
Na terça-feira, 18, o dólar fechou em alta de 0,22%, cotado a R$5,439. Na véspera, a moeda havia encerrado a sessão com uma alta de 0,73%, atingindo R$5,421. A estabilidade da moeda é atribuída à expectativa em torno da decisão do Copom na quarta-feira, com investidores aguardando para entender os próximos passos da política monetária.
Na quarta-feira, 19, o Ibovespa subiu 0,53% e fechou aos 120.261 pontos, em um dia de liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos. O dólar valorizou-se 0,15%, encerrando a R$5,442, após atingir R$5,483 durante o pregão, o maior valor em 18 meses.
Na quinta-feira, 20, o Ibovespa fechou em alta de 0,18%, atingindo 120.446 pontos, com investidores reagindo à decisão do Copom de manter a Selic em 10,50%. A manutenção dos juros já era esperada, mas a votação unânime pareceu animar os investidores. Por outro lado, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central adicionaram cautela às negociações. O dólar fechou em alta, refletindo o avanço da moeda norte-americana no exterior, diante das declarações do presidente sobre a reunião do Copom. A divisa encerrou a R$5,462, o maior valor desde os R$5,498 de 22 de julho de 2022.
Na sexta-feira, 21, o dólar abriu em baixa de 0,37%, a R$5,44. Na véspera, a moeda americana havia fechado a R$5,46, o maior nível em quase dois anos, impulsionada pelas declarações do presidente Lula. Às 12h45, a moeda americana tinha queda marginal de 0,04%, a R$5,4584, refletindo a alta taxa de juros americana, atualmente entre 5,25% e 5,50%, a maior desde 2001. A desaceleração na atividade econômica fortalece a tese de que o Fed irá cortar juros em setembro, mantendo sua taxa de referência na faixa atual desde julho passado.
O Ibovespa caminha para a sua quarta sessão de alta e para fechar a semana no positivo, recuperando parte das perdas recentes. Perto das 14h10, o índice tinha alta de 0,63%, aos 121.210 pontos, com volume projetado de pouco mais de R$20 bilhões, embora isso possa mudar devido ao vencimento de opções. O dólar, por sua vez, operava em queda de 0,49%, cotado a R$5,44.
O ouro apresentou ganhos mais cedo, mas encerrou a sexta-feira em território positivo, pressionado pelo dólar. O movimento no câmbio foi apoiado por dados dos Estados Unidos, tornando o metal mais caro para detentores de outras moedas, o que reduziu o apetite dos investidores. Além disso, notícias do setor eram monitoradas.
Fechamento de mercado da semana e análise| por *Luiz Felipe Bazzo