A primeira reunião setorial da Lei Paulo Gustavo (LPG), aconteceu nesta quinta-feira (13/04), das 14h às 17h, no Cineteatro Guarany, e reuniu artistas da classe teatral, circense, de performance e de dança. A reunião cumpre as exigências do Ministério da Cultura (MinC), que reforça a importância do envolvimento dos artistas na implementação da lei.
De acordo com a assessora jurídica da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Anne Paiva, as reuniões ajudam a verificar as melhores formas de repassar os recursos e tentar atingir o maior número de artistas.
“Todos os estados estão se preparando para aplicar a lei e aqui estamos realizando reuniões com diversas classes artísticas, para verificar a melhor forma de aplicação e alcançar o maior número de artistas beneficiados. Além de possibilitar a ampliação artística do estado, destinada principalmente ao setor audiovisual e que também inclui as demais categorias artísticas”, informa Anne.
O artista circense Cleciano Cardoso diz que a lei potencializa a arte após momentos de instabilidade durante a pandemia da Covid-19.
“Resido em Manaus há 18 anos e vejo que a Lei Paulo Gustavo vem para beneficiar os artistas em um âmbito mais ampliado, vai possibilitar nosso trabalho chegar à comunidades e municípios do estado, potencializando nossas ações. Essa lei vai fortalecer nossa categoria, que segue lutando para se fortalecer depois da pandemia”, conta.
A artista Vanessa Pimentel, 47, de artes cênicas e audiovisual, ressalta que será possível tirar projetos do papel e beneficiar a população com produções gratuitas.
“Esses diálogos de forma setorial facilitam a organização e centralizam os interesses de cada categoria. A Lei Paulo Gustavo diz a que veio: para ajudar, ampliar e até realizar projetos antes engavetados. À medida que você tem uma verba, o seu projeto sai do papel e ganha a cena, é uma sensação ótima ver esses planos se concretizando e isso ajudará a população a ter arte de forma gratuita”
A Lei Paulo Gustavo foi criada para impulsionar o setor cultural e conforme a malabarista venezuelana, Teffy Rojas, a lei vai gerar crescimento e democratização na cultura, incluindo até pessoas emigrantes como ela.
“Não nasci em Manaus, sou imigrante vinda da Venezuela e resido no Amazonas há seis anos. Eu acho super importante essa lei para incentivar meus trabalhos e que eu consiga chegar no interior e em lugares ribeirinhos que vivem precariedade cultural. Essa lei vem reforçar a cultura depois de tudo que passou durante a pandemia e esse é o crescimento da cadeia cultural brasileira que acolhe até pessoas estrangeiras, como eu, que estão produzindo arte no Brasil”, relata
A segunda reunião setorial acontecerá na tarde de sexta-feira (14/03), das 14h às 17h, no Cineteatro Guarany e atenderá a categoria de produção audiovisual.