Parintinense, revolucionou o Festival Folclórico de Parintins com alegorias gigantes. Ousado, se desafiava a cada nova alegoria. Muito estudo e dedicação, era assim que ele falou a esta que vos escreve, em nossa última reunião.
Seu talento foi silenciado aos 58 anos, por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido no último dia 19, na Áustria. O artista chegou a ser internado e passou por uma cirurgia, mas não resistiu.
Juarez estava no país há quatro meses elaborando projetos. Ele era um dos organizadores da Romaria das Águas, fez o palco histórico do Sou Manaus Passo a Paço com um índio gigante tecnológico que se mexia, em cima do palco principal.
Em nota, o boi Caprichoso, solidariza com os familiares e amigos de Juarez neste momento de despedida. O bumbá informou que decretou luto oficial de três dias.
“O boi Caprichoso lamenta profundamente a partida de Juarez Lima, um dos maiores nomes da arte parintinense. Juarez foi um mestre que produziu e formou gerações de artistas, entre eles Rossy Amoedo, atual presidente do boi negro de Parintins. Marcou momentos importantes com alegorias como a Mãe Natureza, Ayma Sunhé, Serpente Dinahí, a Lendária Boitatá entre outras”.
O boi Garantido também lamentou o falecimento do artista. Em nota, o boi vermelho e branco informa que “Juarez foi um dos responsáveis por revolucionar o festival, consolidando-se como um dos maiores artistas de sua história”.
“Discípulo do mestre Jair Mendes e dotado de um talento inigualável, aprendeu a dominar a pintura e a criar grandes alegorias que marcaram o espetáculo”, continuou o boi da Baixa do São José.
Não há informações sobre o translado do corpo para o Brasil. O artista era viúvo, e sofria pela perda da sua esposa para a Covid-19, ele deixa dois filhos.