A riqueza cultural do Amazonas contempla, em diversas áreas, os profissionais que se doam às artes, seja na música, teatro ou na dança. No estado, os Corpos Artísticos contribuem para a difusão da cultura e reconhecem o valor dos artistas amazonenses. Administrados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, a Orquestra Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas e o Balé Folclórico do Amazonas são alguns grupos que compõem os Corpos Artísticos.
Por meio desses Corpos Artísticos, muitos artistas realizam seu principal sonho: o de poder se profissionalizar e viver da própria arte. No Dia do Artista, comemorado em 24 de agosto, vale a pena conhecer a história de alguns desses profissionais.
Reconhecida como uma das mais atuantes orquestras brasileiras a Amazonas Filarmônica foi essencial para a política de formação artística do Estado, pois possibilitou a vinda de músicos estrangeiros de alta qualidade técnica para ministrar aulas e capacitar os artistas locais, o que permitiu a realização de eventos que se tornaram internacionais, como o Festival Amazonas de Ópera (FAO), do qual é a orquestra oficial.
Para o violinista Felipe Fernandes, essa orquestra tem uma grande influência em sua formação como artista, pois ela foi e é uma vitrine para todo músico que deseja tocar em uma orquestra profissional. “Desde cedo eu fui inclinado e influenciado a participar desse corpo artístico que é tão importante. Com a Filarmônica, já tive o privilégio de dividir o palco com os mais variados nomes da música no mundo”, relembra Felipe.
No campo da dança, o Balé Folclórico do Amazonas (BFA) surge em 2001 com a proposta de resgate das danças tipicamente amazonenses. Atualmente é referência em danças folclóricas, apresentando, em grandiosos espetáculos, os elementos das culturas tradicionais da região, como os rituais indígenas e o cotidiano dos ribeirinhos.
Há 16 anos fazendo parte do elenco do BFA, a bailarina e intérprete Alessany Negreiros, enfatiza a importância e reconhecimento de quem se dedica a essa arte. “A gente, como artista, faz um pouco de tudo e estamos sempre em movimento. A arte tem esse poder de libertar. Por meio dela, conseguimos atingir o outro, além de conhecer novas pessoas e transmitir esse conhecimento”, destaca.
Tradição e novidade
Compondo o grupo vocal mais tradicional do Estado, a soprano Dhijana Nobre considera o Coral do Amazonas um impulso para o seu crescimento profissional e cultural. Segundo ela, a relação com o corpo artístico vai muito além do profissionalismo, e por ser amante da arte coral, sente-se honrada em fazer parte do grupo que é referência no Brasil, em ópera e vocais.
“Os frutos desse trabalho eu colho na minha vida profissional, como cantora, professora, pedagoga vocal e como artista no geral. O Coral é o causador de onde eu estou nesse momento, do meu nome, da minha qualidade artística e do meu fazer artístico”, ressalta a cantora.
Dhijana, enquanto professora no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, destaca ainda a importância de incentivar o desenvolvimento de futuros artistas. “O grande incentivo do Liceu é mudar realidades através da arte. Como professores, incutimos na cabeça dos nossos alunos o fazer artístico por amor e não só por excelência”, frisa a artista.
Quem fala com propriedade sobre esse incentivo é o jovem artista Davi Lucas, que coleciona grandes espetáculos ao longo dos cinco anos sendo aluno da escola de artes. “O Liceu tem contribuído muito para a realização dos meus sonhos enquanto artista, seja no canto, dança ou na interpretação. E a expectativa é que a escola contribua ainda mais para os sonhos de quem quer trabalhar com a arte em si”, declara Davi.
Nesta data que homenageia aqueles que dedicam vidas para produzir obras que nos encantaram e encantam ao longo dos tempos, faz-se aqui uma reverência a todos os artistas que fazem parte do cenário cultural amazonense, aqueles que transmitem conhecimentos e beleza por meio da arte.