O Instituto de Articulação e Juventude da Amazônia (IAJA) em parceria com a empresa Y Comunicação encerram nesta segunda-feira (28/04), o projeto Banzeiro Cultural que alcançou cerca de mil alunos da rede pública. O projeto social teve a educação como principal bandeira, democratizando o acesso à cultura por meio de oficinas em escolas públicas do estado.
O evento contou com a presença de representantes do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e especialistas em diversas áreas do psicoeducacional.
A promotora de justiça do MPAM, Karla Reis, enfatizou a importância de iniciativas como o Banzeiro Cultural para o desenvolvimento integral dos jovens.
“Ver o impacto positivo que este projeto teve na vida de tantos alunos é extremamente gratificante. O Banzeiro Cultural ofereceu oportunidades únicas de aprendizado e de contato com a nossa cultura, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados”, declarou.
Ao longo de sua execução, o Banzeiro Cultural promoveu a valorização da rica cultura amazônica e estimulou debates cruciais dentro das escolas estaduais selecionadas. O projeto ofereceu aos estudantes uma variedade de oficinas enriquecedoras, ministradas por artistas e educadores renomados em suas áreas: Música, conduzida pelo talentoso artista e educador Fidel Graça; Teatro, sob a direção experiente do ator e diretor Cleciano Cardoso; Grafismo urbano, explorado com a renomada grafiteira Débora Erê e o Grafismo indígena, apresentado pelo mestre e referência amazônica Amadeu Saterê.
Através dessas oficinas e de outras atividades como palestras e rodas de conversa, o Banzeiro Cultural proporcionou aos alunos um mergulho em diferentes formas de expressão artística e cultural, fortalecendo sua identidade e ampliando seus horizontes.
Para a psicóloga especialista em questões étnico-raciais, Laena Mousse Portela, ressaltou o papel crucial do projeto no fortalecimento da autoestima e da identidade dos estudantes, especialmente no que se refere às questões étnico-raciais.
“As oficinas oferecidas pelo Banzeiro Cultural proporcionaram um espaço de reconhecimento e valorização das diferentes identidades presentes na escola. Isso é fundamental para construir um ambiente escolar mais acolhedor e para promover a igualdade”, afirmou.
Já a liderança indígena e comunicadora, Marinete Tukano, celebrou a inclusão do grafismo indígena entre as oficinas, destacando a importância de disseminar os conhecimentos ancestrais e as formas de expressão dos povos originários.
“A arte do grafismo indígena é uma forma de comunicação milenar, que carrega consigo a nossa história e a nossa cosmovisão. É muito importante que os jovens tenham a oportunidade de conhecer e aprender sobre essa riqueza cultural”, enfatizou.
A advogada ativista e integrante do coletivo AHOSI, Laila Alencar, também marcou presença no evento e ressaltou a importância de iniciativas como o Banzeiro Cultural no contexto da promoção dos direitos humanos e da valorização das diversas identidades.
“Projetos como o Banzeiro Cultural são ferramentas potentes para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Ao oferecer aos jovens a oportunidade de se expressarem artisticamente e de entrarem em contato com diferentes culturas, estamos investindo em um futuro onde o respeito à diversidade seja um valor fundamental”, destacou.
Encerramento
O evento de encerramento proporcionou momentos de celebração e integração, com apresentações musicais que encantaram o público presente. A atmosfera festiva contou com a participação especial do músico Mailzon Canto da Mata, com sua voz e violão que ecoam a alma da Amazônia; Ianayra, que também emocionou com sua voz e violão e a a banda Kboclos, com sua energia contagiante em formato acústico e ao vivo.