Em um dia difícil de se manter acordado, é comum que as pessoas apelem para o cafezinho ou para bebida energética. Geralmente vendidos em latinha, os energéticos, ricos em cafeína e taurina, apresentam a proposta de acelerar o consumidor, mantê-lo acordado e concentrado.
“Ao contrário do que pensam, a taurina não entra como um estimulante do sistema nervoso central, mas como um moderador do equilíbrio de cálcio intracelular. Com isso, conseguimos ter mais controle dos estímulos de excitabilidade cerebral”, explica o clínico-geral Gabriel Resende, do Hospital Santa Marta, em Brasília.
Segundo ele, ao aumentar os níveis de cálcio dentro das células musculares, acontece a diminuição da fadiga dos músculos, aumento da resistência muscular e a impressão de melhora da performance em exercícios.
A taurina é um aminoácido encontrado em alguns alimentos como peixes e carne vermelha. As concentrações da substância são mais elevadas nos leucócitos (células de defesa), retina e músculo esquelético.
Níveis altos de cafeína
Porém, Resende alerta que os energéticos são bebidas com altas concentrações de cafeína, o que pode contribuir para piora de alguns padrões vitais no organismo, como:
- Piora do sono;
- Hiperatividade;
- Distúrbios da atenção;
- Quadros cardiovasculares.
“Dentre os pacientes que não se dão bem com a ingestão de energético, podemos citar aqueles com histórico de arritmia, hipertensão arterial, disfunção cardíaca, insônia inicial e tardia e ansiedade generalizada”, explica o médico.
A quantidade segura de café que uma pessoa pode consumir depende da idade, segundo estudo realizado nos Estados Unidos. Adultos podem consumir até 400 mg por dia — uma xícara de café tem cerca de 80 mg, por exemplo, enquanto uma lata de energético chega a 110 mg.
*Com informações do Metrópoles