No dia 14 de fevereiro, enquanto o mundo celebra o vínculo das relações amorosas, com o Dia de São Valentim, para a arquiteta e urbanista Melissa Toledo, este dia carrega um significado adicional: é o Dia das Cidades-Irmãs, uma data que remonta a 1947, quando o conceito moderno de cooperação entre diferentes culturas foi formalmente reconhecido.
“É extremamente interessante e inspirador pensar sobre isso”, comenta Toledo. A especialista destaca que o objetivo inicial era fomentar a amizade, a paz e a cooperação entre comunidades distintas, um esforço particularmente relevante no contexto pós-Segunda Guerra Mundial. Na Europa, o conceito era conhecido como cidades gêmeas, destinado a fortalecer laços e promover o desenvolvimento mútuo.
Toledo ressalta que a cooperação entre essas cidades vai além do simbolismo. “Envolve o fortalecimento em diversas áreas, como cultura, saúde, educação, transporte, meio ambiente e desenvolvimento”, destaca. Segundo ela, é um processo contínuo, impulsionado por recursos e mecanismos jurídicos em prol do progresso coletivo.
Ao analisar exemplos contemporâneos, Melissa Toledo destaca a relevância desse conceito para regiões metropolitanas, como no caso do Amazonas, com Manaus e seus municípios circundantes. “Podemos observar paralelos semelhantes em outras partes do país, como na região do Diadema, em São Paulo, ou em Foz do Iguaçu”, ressalta. “Essas conexões refletem o legado do processo de urbanização pós-guerra, impulsionado pela reconstrução, fortalecimento econômico e expansão do desenvolvimento”.
Para Toledo, a reflexão sobre as cidades-irmãs e seu impacto no desenvolvimento urbano metropolitano é essencial para compreendermos melhor as interconexões entre comunidades e promovermos um futuro mais colaborativo e sustentável.