O mercado profissional passou por transformações significativas nos últimos anos. O formato remoto, fortalecido pelas restrições sociais da Covid-19, tem caído em desuso e sido substituído pelas vagas híbridas ou presenciais. No home office, o funcionário tem uma maior facilidade para organizar as próprias refeições. Hoje, porém, a necessidade de locomoção exige uma maior atenção aos gastos com a alimentação.
O relatório Tendências da Empregabilidade 2025, feito pela Gupy, aponta que, até junho de 2024, o cenário de ofertas de vagas oferecia 5% remotas, 7% híbridas e 87,2% presenciais. A principal justificativa, conforme especialistas, é a dificuldade das empresas para gerir as equipes sem um contato direto.
A retomada ao modelo tradicional, consequentemente, exigiu um novo planejamento orçamentário para as refeições dos trabalhadores. A pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho, realizada pelo Instituto QualiBest, mostra que 45% dos profissionais brasileiros respondentes gastam entre R$ 220 e R$ 440. Outros 18% desembolsam entre R$ 450 e R$ 660, enquanto 23% declararam que não gastam.
“Planejar os gastos com alimentação é essencial para evitar surpresas financeiras e garantir uma rotina equilibrada. Um orçamento bem estruturado para as refeições fora de casa ajuda não apenas a controlar as despesas, mas também a fazer escolhas mais conscientes, conciliando custo e qualidade. Esse planejamento permite aos profissionais manter uma alimentação saudável sem comprometer outras áreas do orçamento pessoal ou familiar”, destaca Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.
O equilíbrio entre custo e qualidade é fundamental para uma rotina saudável e financeiramente sustentável. Muitas vezes, as opções externas podem ser caras ou pouco nutritivas, destacando a importância de um planejamento prévio para as refeições fora de casa. Ao estabelecer um orçamento para esses gastos, é possível evitar excessos.
Levar marmitas de casa, por exemplo, é a preferência de 42% dos profissionais brasileiros. Preparar as refeições com antecedência permite selecionar ingredientes que estejam de acordo com o orçamento. Assim, tais itens podem ser comprados em maior quantidade. Além disso, evita-se a necessidade de adquirir alimentos prontos, frequentemente mais caros devido ao custo de conveniência.
“Uma alimentação que une saúde e economia requer criatividade e organização. Alternativas como levar marmitas, escolher restaurantes por quilo com variedade de opções ou até planejar refeições mais acessíveis próximas ao local de trabalho são estratégias viáveis. Além de preservar o bolso, essas práticas ajudam a manter a qualidade nutricional, essencial para o bem-estar e o desempenho profissional”, complementa Lamounier.