Em suas declarações, o governador de forma recorrente fala que apendeu e muito neste primeiro mandato. Lembra também que teve que enfrentar a Pandemia e uma das grandes enchentes, exigindo dele competência resolutiva para vencer os desafios que, segundo ele, se fez com muito diálogo.
Nos termos da lei, Wilson Lima foi reeleito no exercício do mandato na maré bolsonarista sem discussão objetiva das prioridades e metas para o próximo governo. O seu adversário no segundo turno, Eduardo Braga, infiltrado nas fileiras do PT, foi acantonado e rejeitado pelo povo do Amazonas e jogado n’água por seus parceiros para não comprometer a campanha vitoriosa do Lula no Amazonas.
A estimativa orçamentaria para o próximo governo é de mais 100 bilhões de reais destinado a 14 secretarias, 12 autarquias, 14 fundações e demais unidade executiva.
Bolsonaro se vai pelas portas do fundo deixando no maior estado da federação uma perna do bolsonarismo assim como em São Paulo e, como é sabido, “não tem almoço de graça”, significa dizer que as cobranças virão de imediato em alinhamento para as próximas eleições municipais em 2024.
Quanto à governabilidade, Wilson Lima tem a maioria na Assembleia Legislativa do Estado, portanto, seus feitos bem ou mal comprometem diretamente sua base aliada que sofrerão ou não pressão política pelos movimentos sociais a depender do comprometimento do governo com as demandas populares.
As primeiras observações dão conta que o governador reeleito bate cabeça para fazer ponte com o presidente Lula recorrendo à bancada federal e até mesmo ao governador do Pará, Helder Barbalho. Aqui me parece que ele pisou na bola quando não se impõe como governador do Amazonas, o estado com a maior densidade florestal do País, bem como também a maior diversidade etnocultural dos povos originários. Saiba que grandeza do nosso estado é muito maior do que o mandatário, estando acima de qualquer questiúncula ideológica.
O governador Wilson Lima, que fez palanque para Bolsonaro no Amazonas, eleitoralmente será cobrado por seus pares, devendo mostrar competência e habilidade no trato de questões nacional como a defesa da Amazônia e dos direitos dos povos indígenas com ressonância junto aos fóruns multilaterais das nações.
Enfim, a relação do governo Wilson Lima com o governo federal pode prosperar para o bem do nosso povo se investir na formulação de projetos e programas promotores dos direitos sociais, ambientais, indígenas centrados na saúde, educação e cultura, seguranças e no desenvolvimento integral, livrando-se dos oportunistas que se apresentam com pinta de arauto do governo Lula.