Além de US$ 1,5 bilhão com o BNDES, tem mais cerca de US$ 1 bi concedidos exportação de produtos brasileiros ao paísNo BNDES, US$ 722 milhões não foram pagos. Ainda há parcelas a vencer 29/05/2023REUTERS/Ueslei Marcelino
A delegação venezuelana pediu ao Brasil para consolidar sua dívida e propor um cronograma de pagamento durante a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Maduro.
Segundo apurou a CNN, o valor pode superar os US$ 2,5 bilhões, o que significa R$ 12,5 bilhões no câmbio de hoje. Além de US$ 1,5 bilhão com o BNDES em projetos de infraestrutura, tem mais cerca de US$ 1 bi concedidos exportação de produtos brasileiros a Venezuela, como alimentos e aeronaves.
No BNDES, US$ 722 milhões não foram pagos. Ainda há parcelas a vencer./ Arte CNN
Ao longo dos últimos anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social concedeu US$ 1,507 bilhão em financiamentos a vários projetos de infraestrutura na Venezuela executados por empresas brasileiras.
Apesar da inadimplência de US$ 722 milhões, o banco de fomento não ficou com o prejuízo, já que os pagamentos eram garantidos pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE).
Então, o FGE cobriu boa parte dos pagamentos ao BNDES e a dívida ficou com o Tesouro Nacional, que é o dono dos recursos do Fundo. Portanto, a dívida acabou sendo pago pelo contribuinte brasileiro.
Ao todo, o FGE já cobriu US$ 682 milhões em dívidas da Venezuela. Uma parcela menor, de US$ 40 milhões, não foi paga, nem coberta pelo FGE.
Ainda no BNDES há outros US$ 84 milhões em parcelas a vencer.
Entre os projetos financiados pelo banco brasileiro no país vizinho, estão a construção e ampliação do metrô de Caracas, construção da Siderúrgica Nacional, Estaleiro Astialba e o projeto de saneamento do rio Tuy, em Miranda.
Todos os financiamentos eram concedidos porque os projetos eram liderados por construtoras brasileiras. Assim, o BNDES financiava a exportação de serviços brasileiros. Entre as empresas beneficiadas estavam grandes construtoras, como a Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Correa.
*Com informações CNN Brasil