Há diversas categorias gerais de barreiras que podem afetar o aprendizado. Alguns são puramente externos: cronogramas apertados, muito trabalho, falta de materiais ou tecnologias disponíveis e assim por diante. Outros são internos e se originam nas experiências, emoções ou mentalidades preexistentes das pessoas.
Para um melhor envolvimento e participação do aluno, a família e a escola devem eliminar ao máximo as dificuldades para a aquisição do conhecimento, ajudando-o a transpor tais obstáculos com facilidade. As razões para o seu surgimento podem variar, mas as barreiras para a aprendizagem se enquadram em três categorias básicas: emocionais, motivacionais, pedagógicas e comportamentais.
Mas afinal, o que são barreiras comportamentais da aprendizagem? Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Amazonas, a dra Priscilla Lima, fez uma análise de comportamento, mapeou 24 barreiras, ou comportamentos que dificultam ou impedem o aprendizado e a aquisição da linguagem e que podem impedir o progresso da criança. Essas barreiras foram categorizadas em 6 tipos.
– Primeiramente, muitas crianças com autismo ou atrasos de desenvolvimento apresentam fortes e persistentes comportamentos negativos que impedem o aprendizado. Em segundo lugar, um ou mais operantes verbais ou habilidades relacionadas podem estar ausentes, enfraquecidos ou, de algum modo, comprometidos. Em terceiro, o comportamento social também pode se tornar comprometido por uma série de razões. Em quarto lugar, inúmeras outras barreiras devem ser analisadas e superadas a fim de que o aprendizado seja significativo. Em quinto lugar, uma variedade de comportamentos específicos, podem concorrer como o aprendizado. E por último, alguns problemas podem estar relacionados às barreiras físicas ou clínicas e devem também ser levados em consideração, analisou a pedagoga.
De acordo com Priscilla Lima, a solução dessas barreiras, ou desses comportamentos, passa um programa de intervenção que deve incluir tanto a avaliação detalhada das habilidades da criança.
– A detecção de comportamentos ou barreiras que impedem o seu progresso, como por exemplo, os acessos de raiva e respostas decoradas. O atendimento psicopedagógico comportamental, compromete-se com a identificação, tanto do tipo e categoria, análise e mapeamento do contexto e a elaboração de um programa de intervenção, pois a análise do comportamento elucida que a combinação dos fatores falta de habilidades e presença de barreiras é frequente e intimamente relacionada, avalia Priscilla.
A Dra Priscilla Lima possui mais de 15 anos de experiência em atuação na Educação de crianças com dificuldades de aprendizado e aponta o caminho a percorrer na evolução e desenvolvimento infantil.
– A remoção, extinção desses comportamentos, devem ocorrer para que a aprendizagem ocorra de forma saudável e prazerosa, tornando a criança funcional, autônoma, eficiente e feliz, conclui.
Biografia
Dra. Priscilla Lima possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Amazonas (2009), mestrado em Desenvolvimento motor infantil no Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (2014) e doutorado em Desenvolvimento Infantil e Aprendizagem pela Universidade Federal do Amazonas (2020). Atualmente é psicopedagoga comportamental na Clínica Mental Care em Manaus e atua na formação de psicopedagogos comportamentais em cursos livres e docente da pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia a quase uma década, atualmente integrando o corpo docente da especialização do Instituto CBI Of Miami, supervisora de psicopedagogos e neuropsicopedagogos em todas as regiões do Brasil, dada a vasta experiência com casos clínicos construída em mais de 15 anos atuando como psicopedagoga. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Psicologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: dificuldades e transtornos de aprendizagem, educação inclusiva, práticas pedagógicas baseadas em evidências.