Se pudesse usar uma figura para explicar como foi a primeira semana do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o investidor poderia citar uma montanha-russa. Empossado no domingo, dia 1º, o novo mandato ainda é uma incógnita para a Bolsa de Valores e o mercado financeiro.
Foram apenas cinco dias de gestão petista e inúmeros sinais trocados. Os ministros e secretários escolhidos por Lula deram opiniões, muitas vezes, contraditórias e difíceis de serem interpretadas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, encerrou a sexta-feira com alta de 1,2%, aos 108.964 pontos. Na semana, o indicador de ações acumulou perdas de 0,7%.
A confusão mais notável da semana foi a envolvendo o novo ministro da Previdência. Carlos Lupi, dedicou boa parte do seu discurso de posse, nesta semana, para negar o déficit nas contas de aposentadoria e pensão.
O discurso contradiz os próprios dados oficiais do Orçamento, que estimam um déficit de R$ 350 bilhões na Previdência do INSS, servidores públicos e militares em 2023.
Lupi foi expressamente desautorizado na manhã de hoje por Rui Costa, ministro da Casa Civil, em uma entrevista ao jornal Valor Econômico.
“Claro que tem déficit previdenciário, negar isso é negar a realidade. Vamos ter um negacionista dentro do nosso governo? O déficit da Previdência pública é enorme, continua enorme apesar de todas as reformas”, disse Costa.
*Com informações do Metrópoles