O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial assinaram durante a COP28, em Dubai, memorando de entendimento para desenvolver mecanismos de financiamento em toda a cadeia de valor do hidrogênio de baixo carbono.
O documento engloba projetos de captura de carbono (CCS); eletrolisadores e equipamentos associados; logística e infraestruturas compartilhadas em hubs voltados para essa tecnologia; combustíveis sintéticos; e descarbonização industrial.
O acordo valida a possibilidade de cofinanciamento, garantias, financiamento de assistência técnica e o desenvolvimento de linha de crédito a ser concedida pelos bancos. Também inclui o compartilhamento de conhecimentos para estimular investimentos em hidrogênio de baixa emissão de carbono no país, o fortalecimento dos recursos existentes e do diálogo mais amplo no país e no mundo sobre esses temas.
Nesta semana, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei do Hidrogênio. O PL regulamenta a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, institui uma certificação voluntária e dá incentivos federais tributários. A proposta seguiu para o Senado.
Crédito de US$ 1 bilhão
Na assinatura do documento, os representantes do BNDES e do Banco Mundial destacaram, ainda, a importância de uma linha de crédito de até US$ 1 bilhão do Banco Mundial com o propósito de criar um fundo de riscos para apoiar projetos de hidrogênio.
“A cooperação com o Banco Mundial e o potencial de investimentos de até US$ 1 bilhão em projetos de hidrogênio de baixo carbono representam mais uma oportunidade para a realização do objetivo do BNDES de promover uma reindustrialização verde no Brasil e potencializar sua reconhecida missão de fomento ao uso de energias renováveis no país, com a expansão e diversificação de sua matriz energética limpa. O Memorando de Entendimento também fortalecerá a parceria entre o Banco Mundial e o BNDES na adaptação de transações financeiras inovadoras para alcançar objetivos desafiadores”.
disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante
De acordo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que participou da cerimônia, o Brasil terá mais acesso ao financiamento para a transição energética, colocando o país ainda mais na vanguarda da economia verde.
“Vamos garantir um portfólio de projetos consistentes e integrados a demandas de grande valor agregado no país”, pontuou. “Vamos alcançar mais de R$ 2 trilhões em investimentos e gerar mais de 500 mil empregos em 10 anos com a Política de Transição Energética”, anunciou o ministro.
Por epbr