Ao passar por cortinas amarelas de plástico, jornalistas do Brasil e do mundo deram o ponta pé inicial para a 35ª edição do maior evento de arte contemporânea do hemisfério sul: a Bienal de São Paulo. Durante encontro fechado para imprensa na segunda-feira (4), os organizadores anteciparam detalhes do evento que abre as portas para o público na próxima quarta (6).
José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destacou as características marcantes e desafiadoras da edição. “Estamos em um momento verdadeiramente singular. O mundo atual clama por soluções para questões urgentes e a capacidade da arte em nos estimular a encontrar algumas dessas respostas é notável”, disse.
A reportagem visitou o espaço ainda durante as montagens e o resultado surpreende. Cumprindo a promessa de trazer diversidade e questionamentos sobre o mundo contemporâneo, o tema “coreografias do impossível” se materializa pelos espaços únicos criados para essa edição, entre eles uma ativação chamada Sauna Lésbica, com estímulos sonoros e visuais que dão voz a mulheres lésbicas.
Com curadoria coletiva de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Viellel, a exposição tem 1.100 obras de 121 artistas, sendo que 80% deles são não-brancos, segundo a organização.
Pela primeira vez em 35 edições, paredes temporárias fecham todo o vão central, trazendo uma outra perspectiva para esse lugar já tão conhecido do público.
Serviço
- Evento: Bienal de São Paulo
- Datas: de 6 de setembro a 10 de dezembro de 2023
- Horários: às terças, quartas, sextas e domingos, das 10h às 19h (última entrada às 18h30); às quintas e sábados, das 10h às 21h (última entrada às 20h30)
- Endereço: Parque Ibirapuera: Av. Pedro Álvares Cabral, s.n., portão 3, Pavilhão Ciccillo Matarazzo
- Entrada gratuita
Por Anne Barbosa/CNN em São Paulo