Foi-se o tempo em que a imagem típica de avôs e avós era a de pessoas frágeis e dependentes. O estereótipo da vovó sorridente, usando avental e tirando uma fornada de biscoitos para oferecer aos netinhos está cada vez mais ultrapassada. O dia destinado a essas importantes figuras, 26 de julho, é comemorado junto com as conquistas que eles vêm colecionando.
Um bom exemplo deste novo cenário é a presença cada vez mais crescente de idosos cursando universidades. Segundo o censo de educação superior, existem atualmente 27 mil idosos no ensino superior brasileiro, sendo a porcentagem de brasileiros com mais de 59 anos matriculados em um curso de graduação a que mais cresceu – representa um aumento de 48%, se comparado ao aumento de matrículas entre pessoas com menos de 59 anos, que representou apenas 7%.
Iguaciara do Nascimento Santos tinha o sonho de cursar uma faculdade para progredir no trabalho. Servidora pública federal há 50 anos, a simpática senhora – que hoje está com 72 anos – trabalha na área de recursos humanos há 20 anos e sentia a necessidade de se especializar. “Minha trajetória como universitária não foi fácil, pois meus horários são escassos por conta do trabalho. Tinha prazos a cumprir ao mesmo tempo em que tinha que realizar as atividades da faculdade. Mas valeu a pena todo esforço”, conta.
Iguaciara concluiu recentemente a sua graduação em gestão de RH, Instituição de Ensino 100% EAD. “A Unyleya me incentivou, os professores se preocuparam comigo, eles são comprometidos com o desempenho dos alunos, o que foi bastante gratificante”, comemora.
Além do apoio da faculdade, Iguaciara recebeu motivação por parte de familiares e amigos “Minha família, meus filhos e meus amigos me apoiaram. Todo esse apoio foi essencial para que eu não desistisse e hoje estou tendo uma grande recompensa e uma enorme alegria por estar graduada”, declara.
Ela conta que também incentiva outras pessoas a estudarem. “Tenho, na minha equipe, pelo menos duas pessoas que estão com nível superior e outra que fez um curso técnico de grande importância para a atribuição que ela tem. Já está até sonhando com a faculdade, principalmente agora, que conclui minha graduação, o que gerou uma grande repercussão dentro do meu próprio ambiente de trabalho”, conta, orgulhosa.
Avó de Luiz Gabriel, seu único neto, Iguaciara é só elogios quando perguntada sobre como exerce esse outro papel: “É um novo ciclo, com mais brincadeiras, menos cobranças – isto deixamos para os pais”, diz, entre risos, complementando: “Além de muito amor. Como meu neto não mora no meu estado, ele vem anualmente nas férias escolares, é muito agradável, a praia não pode faltar, vamos às exposições nos centros culturais, fazemos passeios, visitamos navios e submarino. Fomos a muitos pontos turísticos do Rio, eu já fico imaginando quais serão as novas descobertas que faremos”.
Como mensagem para os demais avôs e avós, Iguaciara deixa um recado: “Não desista dos seus sonhos. Se você tem vontade de fazer faculdade, faça, pois mesmo que seja só por prazer, vale a pena. O conhecimento é muito importante. Não pense que não dá mais tempo ou que ninguém vai te apoiar. Não desista, vá à luta! Prova de que dá certo, sou eu, que estou com meu nível superior e me preparando para fazer uma pós-graduação ou ainda quem sabe um mestrado”.