- Estudo sobre o Processo Hoffman demonstrou uma redução de 17% nos sintomas de depressão ao longo de um ano como resultado do perdão
- A neurociência já comprovou que a prática do perdão pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, proporcionando alívio emocional e físico
No dia 30 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Perdão, data com grande significado que mexe com diversas pessoas. O tema é profundo e gera grande debate, pois o conceito de perdoar está em constante modificação na sociedade e, principalmente, dentro de cada pessoa.
Perdoar é o ato de deixar de lado ressentimentos, é desistir de carregar emoções negativas com você. Perdoar é libertar-se e se permitir trilhar um novo caminho, distante de mágoas e angústias.
Esse caminho não é fácil e tampouco tranquilo e, sem dúvidas, o maior aliado para trilhar este processo é o autoconhecimento. Uma jornada contínua e profunda para entender quem somos, nossos valores, crenças e padrões de comportamento.
Ao praticarmos o autoconhecimento, ativamos áreas do cérebro que nos levam à consciência sobre como desenvolvemos e processamos nossas emoções. Também é neste processo que podemos fazer as pazes com a inteligência emocional, permitindo que o cérebro coloque mais em prática o conceito de neuroplasticidade, que consiste em novos aprendizados para lidar com situações adversas.
Quando não exercemos o potencial de nossa inteligência emocional, temos dificuldade ou não conseguimos lidar com situações do nosso dia a dia mais desafiadoras. Momentos de estresse se tornam verdadeiros monstros, a ansiedade se torna uma inimiga, o medo nos persegue e a raiva nos domina. Consequentemente, acabamos nos prendendo a sentimentos negativos.
A partir do momento em que buscamos pelo autoconhecimento, passamos a viver um processo de reconstrução interior. E este caminho só pode ser feito quando liberamos o perdão, pois precisamos deixar os sentimentos ruins no passado.
A neurociência já comprovou que a prática do perdão pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, proporcionando alívio emocional e físico. Ativar essas emoções pode alterar as redes cerebrais associadas ao processamento do ressentimento e da vingança. Perdoar não apenas transforma a dinâmica entre duas pessoas, mas também desencadeia uma série de eventos dentro do cérebro humano, pois quando somos feridos por alguém, nossos cérebros ativam regiões associadas à dor emocional.
Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia sobre o Processo Hoffman, um programa de educação emocional aplicado em 16 países, visando reduzir padrões de interação negativa e promover o perdão, demonstrou uma redução de 17% nos sintomas de depressão ao longo de um ano, além de um aumento de 13% na inteligência emocional e melhorias na comunicação no ambiente de trabalho, tudo resultado do perdão.
É importante ressaltar que o perdão é um ato benéfico para quem está concedendo-o. A depender da situação, quem for perdoado também será beneficiado, no entanto, quem não vai mais ter que lidar com esse peso é você. Quem se verá livre desse sentimento de mágoa é você. E quem poderá, realmente, seguir em frente, sem olhar para questões do passado, é você!