Manaus (AM) – Em meio à vastidão da Amazônia, onde o acesso a serviços essenciais é um desafio diário, a Operação Ágata Curaretinga de 2025, desencadeada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) para o combate aos crimes ambientais e transfronteiriços, se destaca também pelo impacto positivo nas comunidades mais isoladas. A ação cívico-social (ACISO) realizada nesta edição da operação leva atendimentos médicos, odontológicos e assistenciais a moradores de regiões de difícil acesso, reforçando o compromisso do Exército Brasileiro com o bem-estar da população amazônica.
Durante a missão, equipes de profissionais de saúde atenderam centenas de pessoas em comunidades ribeirinhas e indígenas. Consultas médicas, procedimentos odontológicos, palestras sobre saúde preventiva e distribuição de medicamentos foram algumas das iniciativas promovidas. Além disso, foram distribuídos kits de higiene, cestas básicas e brinquedos para crianças, que proporciona alívio imediato e fortalece o vínculo entre as Forças Armadas e a sociedade.
Em localidades como a Comunidade Indígena Pium e a Comunidade Indígena Manoá, localizada na região conhecida como Serra da Lua, terra indígena situada no município de Bonfim (RR), próximo à fronteira com a Guiana, foram realizados 234 atendimentos médicos e 92 atendimentos odontológicos, além de quatro atendimentos domiciliares. A ação garantiu suporte essencial a pessoas que, muitas vezes, enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde. Além das consultas, houve a distribuição de medicamentos, incluindo analgésicos, antibióticos e antiparasitários, foram centenas de caixas e frascos de remédios essenciais.
Em Rondônia, nas Terras Indígenas Igarapé Lage – Linha 26 e Igarapé Ribeirão – Linha 10, entre os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, foram distribuídos 700 fardos de água potável (totalizando 8.400 litros), abastecimento seguro para as comunidades.
Além da assistência em saúde, as ações cívico-sociais proporcionaram momentos de aprendizado e interação. Crianças e jovens participaram de atividades envolvendo o hasteamento do Pavilhão Nacional, palestras sobre formas de ingresso nas Forças Armadas, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e combate à depressão, além de pista de cordas e camuflagem, incentivando o espírito de equipe e superação, dinâmicas recreativas, como pintura de revistas do recrutinha.
A Operação Ágata Curaretinga II não apenas supre necessidades urgentes em localidades remotas, mas também leva cidadania a essas populações, tornando-se, muitas vezes, a única presença do Estado em regiões de difícil acesso. Para muitos moradores, essa foi a única oportunidade de acesso a atendimento médico especializado no ano, destacando a importância dessas ações para reduzir desigualdades e promover qualidade de vida na região.
Com um histórico de atuação que alia segurança e assistência social, o CMA reafirma o papel como uma força a serviço da população e mostra que a defesa do território nacional vai além do combate a ilícitos, abrangendo também o cuidado com a população ribeirinha e as comunidades indígenas.