No segundo dia de desfiles da Escolas de Samba de Manaus, as oito agremiações do Grupo de Acesso A desfilaram em busca de um grande objetivo: levar o título de campeã e subir para a elite do Carnaval de Manaus, ganhando o direito de desfilar entre as escolas do Grupo Especial em 2025. Os desfiles das Escolas de Samba, que integram a programação do Carnaval na Floresta, são uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, a possibilidade de ascender ao Grupo Especial se reflete na qualidade dos desfiles apresentados pelas escolas do Grupo de Acesso A. “A gente percebe aí essa preocupação e essa dedicação para fazer um grande Carnaval. Isso é importante para que a gente veja, inclusive, o investimento que cada uma fez aí, colocando profissionais para confeccionar os seus figurinos, fazer os seus adereços, as suas alegorias”, afirmou o secretário.
Para Marcos Apolo, a geração de postos de trabalho e renda são uma das características fundamentais do Carnaval. “E o governo Wilson Lima, dessa forma, faz esse trabalho de gerar emprego, renda, oportunidade, além de, evidentemente, valorizar o carnaval e a cultura do nosso estado”, afirmou.
“Então, as escolas estão de parabéns, os brincantes estão de parabéns, os profissionais envolvidos estão de parabéns. E certamente vai ser bem disputado aí esse troféu, tendo em vista que realmente elas vieram aí para competir, para brigar. E isso é muito bom, saudável. Quem ganha, evidentemente, é a população e a cultura do nosso estado”, finalizou o secretário.
Os desfiles
A Unidos da Cidade Nova adentrou a passarela do samba às 21h, dando início à maratona de desfiles da segunda noite de apresentação das Escolas de Samba no Sambódromo de Manaus. A escola, representante do bairro Cidade Nova, na zona Norte de Manaus, trouxe o enredo “Com a licença de São Jorge, em dias de festa e arraiá, a família Batista vai passar…”, celebrando a história da tradicional família envolvida com o folclore amazonense.
Em seguida, a Mocidade Independente do Coroado, representante do bairro homônimo da zona Leste de Manaus, desfilou pela passarela do samba com o enredo “O Coroado traz Anne Moura, a Icamiaba filha deste chão”, destacando fato de que a ativista, política e defensora das causas sociais nasceu e foi criada no bairro do Coroado.
Terceira a se apresentar para o público e jurados no Sambódromo, a Império do Havaí faz uma viagem pelo mundo dos sonhos para contar a história de Ivo Neto com o enredo “Gigante, você é do tamanho dos seus sonhos”. Representante da Praça 14 de Janeiro, bairro da zona Sul também conhecido como berço do samba, a escola mostrou como Ivo Neto, o Gigante, realizou seu sonho de ajudar crianças e jovens.
A Acadêmicos da Cidade Alta, representante do bairro de Educandos, na zona Centro-Sul, homenageou o deputado estadual Abdala Fraxe com o enredo “Gigante pela própria natureza, Abdala Fraxe – O grito de um indígena Macuxi ecoa na terras de Ajuricaba. Pelo povo da floresta”.
Já na madrugada de sábado (03/02) a Presidente Vargas, representante do bairro homônimo da zona Sul, também conhecido como Matinha, deu continuidade aos desfiles trazendo para a passarela o desfile “Samba raiz é samba paixão, Couro Velho: 20 anos de tradição”. A escola homenageou o grupo de samba Couro Velho e as festas que realiza no Quintal do Couro Velho, famosas entre os manauaras.
Tradicional Escola de Samba de Manaus, que por muitos anos integrou o Grupo Especial, a Sem Compromisso foi a sexta escola a desfilar pelo Grupo de Acesso A. Com o enredo “Nesse Encontro das Águas navega a audácia de um sonhador: Oswaldo Lopes, a trajetória do grande comunicador”, em homenagem ao jornalista Oswaldo Lopes, presidente do sistema de Rádio e Televisão Encontro das Águas.
Penúltima escola a se apresentar na passarela do samba na segunda noite de desfiles no Sambódromo, a Tradição Leste desfilou com o enredo “Do Egito antigo ao motor: na troca de óleo, a Tradição Leste rufa o seu tambor”. Representante do bairro do Coroado, na zona Leste, a escola contou a história dos lubrificantes, mostrando sua importância para a economia e a História mundial, tendo registros de seu uso no Egito Antigo para lubrificar as rodas do trenó do faraó Ra-Em-Ka.
Encerrando a última noite de desfiles, a Beija Flor do Norte levou o enredo “Entre devaneios e loucuras, a Beija Flor voa ao Maranhão, meu tesouro, meu torrão”. Entre mitos e lendas, contou a história de Ana Joaquina Jansen Pereira, “Donana Jansen, Rainha do Maranhão”, que ajudou muito no desenvolvimento daquele estado, deixando para a História muitos relatos cheios de magia e encantamento.
Fotos: Marcely Gomes / Secretaria de Cultura e Economia Criativa