BRASÍLIA – “O ministro Camilo Santana, vai ter que explicar porque o Ministério da Educação é contra o agronegócio do Brasil”, afirmou o deputado federal Capitão Alberto Neto, ao anunciar que vai convocar o ministro para prestar esclarecimentos na Comissão de Educação da Câmara Federal.
O tema veio a publico após a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último domingo (05), onde algumas questões da prova apresentaram uma abordagem crítica em relação à atividade agropecuária no Brasil, favorecendo certa ideologia em detrimento de dados e pesquisas cientificas sobre o setor.
“A questão do agronegócio no Brasil é frequentemente debatida em diversos contextos, incluindo exames como o ENEM. Porém, é importante considerar que o agronegócio não pode ser simplificado como uma força exclusivamente negativa no cenário do conhecimento local e da preservação ambiental”, explicou o parlamentar.
De acordo com o Requerimento de Informação n.243/23, o ministro deve prestar esclarecimentos sobre os critérios e referências bibliográficas utilizados na elaboração de questões do Enem de 2023, a politização da prova e a discriminação do setor agropecuário.
“Fiquei surpreso com as questões do Enem que colocam os alunos do Brasil contra o agronegócio. Temos que ter orgulho do nosso agronegócio, melhorar cada vez mais o ambiente de negócio e a infraestrutura. O estado ainda é muito ineficiente, e mesmo assim o agronegócio faz um grande trabalho e cresce cada dia mais”, enfatizou Capitão Alberto Neto.
Desenvolvimento econômico e social
No Brasil, o agronegócio é responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e desempenha um papel crucial na geração de empregos, proporcionando subsistência a milhões de pessoas em áreas rurais.
A modernização das práticas agrícolas e o avanço tecnológico no setor estão contribuindo para aumentar a eficiência e a produtividade, diminuindo a pressão sobre novas áreas de floresta e promovendo práticas mais sustentáveis, que estão sendo cada vez mais adotadas pelos agricultores.
O texto destaca que o desenvolvimento do agronegócio não deve ocorrer em detrimento do meio ambiente ou dos direitos das comunidades locais. A proteção ambiental e o respeito aos direitos humanos são considerações fundamentais em todas as fases da produção agrícola.
“É preciso manter um diálogo contínuo entre os setores público e privado, para garantir o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Com investimentos em tecnologias agrícolas mais verdes é possível garantir o crescimento econômico e a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que se respeitam os direitos das comunidades locais”, ressaltou o deputado.
Exportação e segurança alimentar
O agronegócio desempenha um papel fundamental no combate à fome no Brasil e em outras partes do mundo. O país é um dos maiores exportadores de alimentos do planeta, e a produção agrícola desempenha um papel crucial na segurança alimentar global.
“O debate em torno do agronegócio não deve se limitar a visões negativas. Este setor desempenha um papel essencial na economia, na segurança alimentar e no desenvolvimento sustentável do Brasil. Em vez de demonizá-lo, é fundamental um diálogo construtivo que promova práticas agrícolas cada vez mais sustentáveis, para um futuro em que a agricultura e a conservação estejam em harmonia”, disse Capitão Alberto Neto.