O parlamentar lembra da importância da autarquia para o estado do Amazonas e cobra postura na defesa da matriz econômica
Nesta terça-feira, 28 de fevereiro, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) comemora 56 anos de fundação. A data marca também o início do modelo econômico que movimenta, até os dias atuais, a economia do Amazonas e a preservação da floresta.
Apesar da data comemorativa e dos últimos resultados conquistados, que passam a casa dos 160 bilhões de reais, o Polo Industrial de Manaus (PIM) corre sérios riscos de sua manutenção, o que afeta diretamente a existência da autarquia que tem uma trajetória repleta de contribuições à capital, ao Estado e a todo o Brasil.
Fundada após a publicação do Decreto Lei nº 288/1967, a Suframa é responsável em administrar e controlar os incentivos fiscais concedidos às empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus (ZFM). Sua função também é promover estratégias de desenvolvimento para toda Amazônia Ocidental. É uma agência de promoção de investimentos para o setor.
O vereador Peixoto (Pros) é um ferrenho defensor da instituição e da matriz econômica. Desde o início do seu trabalho parlamentar vem questionando inúmeras atitudes duvidosas que o Governo Federal vem tendo em relação à indústria local. Em 2023, desde os primeiros dias, o político se posiciona contra a atual gestão pública da Federação, que segundo ele, vem atacando ferozmente o Estado ao não decidir o comando para a Suframa.
“Em 2022, apesar de ser admirador da economia liberal, fui contra as investidas do ex-ministro da economia, Paulo Guedes, e suas tentativas de zerar o IPI. Hoje, encaro com muito mais preocupação a falta de interesse que o governo Lula vem tratando a Suframa e o Amazonas. Passaram-se dois meses e o que o atual governo fez foi virar as costas ao Estado e pregar ameaças contra aos benefícios que aqui oferecemos às indústrias nacionais e estrangeiras”, afirma Peixoto.
O vereador complementa ressaltando que apesar da data festiva, a Autarquia não tem muitos motivos para comemorar. “Na minha avaliação, a Suframa e o modelo correm sérios riscos e vivem um dos momentos delicados de sua história, onde ainda não se tem um superintendente definitivo para a Suframa”, afirma.
Apesar do momento de incertezas, vale relembrar que ao longo de sua história, a ZFM e, consequentemente, a Superintendência passaram por vários momentos de superação. Não é à toa que atualmente o PIM é um dos maiores PIBs da indústria brasileira.
Aqui também abriga um dos principais parques industriais do País, com aproximadamente 500 empresas instaladas, com mais de 100 mil trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados, além do impressionante número de 500 mil empregos indiretos. Números que representam a grandiosidade e a importância que o modelo proporciona para o Amazonas e o Brasil.
“A gente precisa reconhecer esse modelo ambiental, econômico e social para o desenvolvimento da região norte, do estado do Amazonas e da cidade de Manaus. É, sem sombra de dúvida, o maior e mais exitoso modelo de preservação ambiental, visto que o nosso Estado é um que mais preserva, em torno de 96% de sua floresta e tem hoje somente na cidade de Manaus mais dois milhões de habitantes. É um modelo de sucesso!”, enfatiza o vereador.
“No dia de hoje, a gente precisa fazer um reconhecimento, parabenizar e comemorar os 56 anos da Suframa. Mas, também, é um momento que pesa toda essa situação que estamos vivenciando. Peço aos colegas parlamentares, das esferas municipal, estadual ou federal a fazerem uma profunda reflexão, de como esses incentivos fiscais e tributários, de como esse modelo econômico exitoso vem sendo tratado pelo novo governo. Que com a mesma força que aplaudimos as conquistas, tenhamos fibra em defendê-la”, finaliza.