Muitos dos corpos foram encontrados em uma praia turística perto de Steccato di Cutro, enquanto outros foram encontrados no mar.
De acordo com os sobreviventes, havia cerca de 140 a 150 pessoas a bordo do barco antes de bater nas rochas. Oitenta e uma pessoas sobreviveram, com 20 delas levadas para o hospital, disse Manuela Curra, uma autoridade do governo provincial, à Reuters.
Um cidadão turco foi detido por suspeita de tráfico humano, segundo a agência de notícias Ansa. Acredita-se que a embarcação tenha deixado a Turquia há quatro dias com pessoas do Afeganistão, Irã e Paquistão a bordo.
Os corpos das vítimas estavam sendo transportados para um ginásio de esportes nas proximidades de Crotone na tarde de domingo. A Ansa informou que 20 crianças, incluindo gêmeos e um bebê recém-nascido, estavam entre os que morreram.
Antonio Ceraso, prefeito de Cutro, disse aos repórteres: “É algo que ninguém gostaria de ver. O mar continua devolvendo corpos. Entre as vítimas estão mulheres e crianças”.
O naufrágio do barco teria sido visto por pescadores na manhã deste domingo. “Você pode ver os restos do barco ao longo de 200 a 300 metros de costa”, acrescentou Ceraso. “No passado houveram acidentes, mas nunca uma tragédia como essa.”
Rai News informou que o barco “quebrou em dois”, citando fontes dizendo que as pessoas a bordo “não tiveram tempo de pedir ajuda”.
A guarda costeira italiana, bombeiros, policiais e equipes de resgate da Cruz Vermelha compareceram ao local.
Enquanto as equipes de resgate continuavam sua busca, Filippo Grandi, o alto comissário da ONU para refugiados, pediu aos governos europeus que “parassem de discutir” e “concordassem em medidas justas, eficazes e compartilhadas para evitar mais tragédias”.
*Com informações: The Guardian (ajuste de tradução: Milena di Castro)