Para se chegar em soluções ambientalmente amigáveis para a realização de processos fabris é preciso uma série de fatores, tais como o aprimoramento de processos de produção, adequação de insumos industriais e compromisso com qualidade. Todas estas iniciativas estão intimamente ligadas à atuação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), o que leva empresas de diversos segmentos a buscarem a instituição a fim de entender melhor como podem ser feitos trabalhos conjuntos de cunho sustentável.
Em meados de fevereiro, Alexandre Melhado, diretor técnico da Beplast – que atua no mercado nacional de fornecimento de soluções de alta performance em masterbatches (concentrados de cor e aditivos), blendas e compostos para transformação de plásticos -, esteve no Centro para apresentar as atividades da empresa e algumas demandas que podem ser atendidas pelos processos que hoje vêm sendo desenvolvidos no CBA.
Determinadas iniciativas em andamento no Centro tiveram destaque na agenda, tais como os trabalhos desenvolvidos com polímeros e com corantes naturais, que vão ao encontro dos processos realizados pela Beplast, uma vez que a empresa atua diretamente em segmentos variados, como o agrícola, automotivo, calçadista, elétrico e eletrônico, fios e cabos, industrial e de utilidades.
“Temos interesse em ampliar as nossas atividades, sempre com respeito e compromisso com o meio ambiente e com a sociedade. O desenvolvimento sustentável é parte inerente da empresa. Por isso vimos no que o CBA tem a oferecer a oportunidade de realizar iniciativas conjuntas que devem permitir que avancemos em nossos processos de produção, mantendo a gestão de resíduos gerados pela nossa atividade e prezando pela constante redução de qualquer tipo de impacto ambiental”, afirmou o diretor Melhado.
Pronto para parcerias
Durante a apresentação do CBA nas juntas laboratoriais, os projetos em desenvolvimento pelos pesquisadores da instituição se mostraram bastante alinhados não apenas à atividade realizada pela Beplast, mas também a diversas outras empresas da região e do País. O Centro apresenta estrutura preparada para atender a diversas parcerias, como as que a Beplast tem interesse em avançar.
“As capacidades que o CBA e seu corpo científico têm podem suprir demandas diversas, especialmente de grandes indústrias. No caso específico da Beplast, vemos o trabalho com corantes feitos a partir da coleção microbiológica do Centro, bem como corantes obtidos por meio de frutas e vegetais regionais e de microalgas como tendo um forte potencial para colaborar com o que a empresa nos expôs”, disse o gestor do CBA, Fábio Calderaro.
Novas agendas conjuntas estão sendo definidas a fim de verificar as melhores condições de se realizar uma parceria entre as partes e possibilitar, então, que a biotecnologia desenvolvida na Amazônia possa complementar o processo fabril de mais uma empresa ambientalmente responsável.