Para demonstrar à sociedade a relevância da Amazônia e como a região tem muito a oferecer em diversas frentes, é preciso espraiar o conhecimento acerca desta área, que detém características tão exclusivas. Para tanto, vivenciar a realidade local colabora para atingir estes objetivos. Por este motivo, a Academia Amazônia Ensina – instituição de educação, aprendizado e pesquisa para o ensino da sustentabilidade econômica e ecológica – promoveu neste mês de fevereiro a expedição Amazônia 21, uma agenda de imersão que visa a disseminar informações qualificadas sobre a região. E é claro que o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), pelo seu perfil de atividade, foi um dos destaques da iniciativa.
Diante da destacada importância da bioeconomia regional, foi realizada uma agenda no Centro para demonstrar como é possível desenvolver produtos, processos e várias iniciativas inovadoras por meio do correto uso da biodiversidade local. Os bioprocessos, a biotecnologia vegetal e alimentar, o devido aproveitamento da coleção microbiológica, toda a vasta gama de procedimentos em andamento na instituição possibilita que a bioeconomia avance como um segmento econômico complementar de maior diferencial para o Brasil.
A visita ao Centro fez parte da imersão do grupo à região e permitiu que os integrantes da expedição – composta por graduandos e profissionais de diversas áreas e diferentes estados do País (de regiões como Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste) – tivessem a possibilidade de identificar de que maneira o uso da biotecnologia para transformação dos insumos biológicos, especialmente da Amazônia, traz retornos positivos para a sociedade, uma vez que faz da sustentabilidade a mola mestra do desenvolvimento regional.
“Este é um momento importante por termos discussões mundo afora sobre o papel da bioeconomia para o fortalecimento de atividades sustentáveis, para o correto aproveitamento dos bens naturais e da mitigação de impactos ambientais. Hoje, o CBA atua de forma muito prospectiva, cada vez mais próximo do final da cadeia de inovação, mais integrado às indústrias. Isso nos permite atender às demandas fabris, estimular toda a cadeia local, integrar as comunidades tradicionais ao processo e e gerar ganhos socioeconômicos importantes para a Amazônia”, disse o gestor do CBA, Fábio Calderaro.
Visão diferenciada
Os integrantes da expedição da Academia Amazônia Ensina demonstraram muito interesse em aprender mais sobre as atividades que envolvem a biotecnologia na Amazônia. Muitos por terem experiência profissional na área, outros por estarem se capacitando em atividades correlatas e outros por verem que os resultados são promissores para a sociedade.
Segundo a coordenadora executiva da Academia Amazônia Ensina, Maria Eugenia Tezza, “a expedição procura oferecer a jovens e adultos uma experiência sobre a região, de forma contextualizada com o século 21, sobre assuntos que busquem a conciliação entre desenvolvimento econômico e conservação do ambiente natural. A visita ao CBA é super importante, especialmente quando se fala em alternativas que buscam essa conciliação, como a bioeconomia e a biotecnologia”.