O atleta da categoria peso-leve de MMA, Alan Patrick Nuguette (UFC), palestrou para crianças e professores
A história de vida do atleta de MMA, Alan Nuguette, poderia ser um filme americano, mas é a mais dura trajetória de quem vem de uma família pobre e sem expectativa de futuro. Com uma plateia numerosa de pequenos grandes cidadãos, Nuguette palestrou 30 minutos, na manhã desta sexta-feira (10), no ginásio do Centro Integrado Municipal de Educação Josefina Rosa de Mattos Pereira de Castro, localizado na Rua São Paulo, s/n, Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus.
“O esporte muda vidas, olha quem eu era e o que eu sou. Eu tirei comida do lixo para sobreviver e tive a oportunidade de lançar para o mundo, o peixe de ouro, tambaqui de ouro (iguaria do restaurante Vinhedo Rio & Mar, em Manaus)”, explica Nuguette.
A convite da diretora Rubenita Ferreira Lopes, a palestra motivacional apresenta que o processo é duro, mas deve ser encarado com coragem e persistência. Alan motivou uma plateia de aproximadamente 450 pessoas, que tiveram a oportunidade de ouvir primeiramente o cantor e compositor de toadas gospel, Rinaldo Abecassis, compositor de toadas antológicas dos bumbás Garantido e Caprichoso.
Na unidade educacional, brincou com as crianças e aproveitou a oportunidade para conhecer o espaço administrado pela Prefeitura Municipal de Manaus e agradeceu o total apoio que a secretária de Educação, Dulce Almeida está dando as crianças da capital amazonense.
“Precisamos fazer o melhor para elas, afinal são o futuro. Temos que cuidar bem da educação, juntamente com o esporte transforma e salva vidas”, concluiu.
Sobre Alan Patrick “Nuguette”
Nascido em Jacareí, interior de São Paulo, com apenas 04 anos mudou com seus país para Brasília. Uma vida dura, morando com 5 irmãos em uma casa de apenas um comodo. Começou a trabalhar ainda muito criança como engraxate no plano piloto, acabou vivendo nas ruas como menino de rua e mendigo.
Com o exemplo de casa devido à bebida alcoólica, Alan Nuguette não ingeria bebida. Morava na rua fugindo da violência doméstica. Iniciou em um projeto social a capoeira, que veio ser o seu primeiro esporte de luta. Descobriu o jiu-jítsu e quis vir para Manaus para aprimorar a técnica do BJJ (Brazilian Jiu-Jítsu), considerado o melhor do mundo. Escolheu o Amazonas que projetou ele para o mundo como bandeira para sempre lutar.
No começo, sem ter dinheiro ou local para ficar, dormia no tatame da academia e limpava o local como forma de honrar o espaço dado e as aulas doadas.
Passou por diversas competições, mas ao ser campeão do Bittetti Combat que chamou atenção de Dana White e foi contratado paro o UFC, em 2012, competindo pela categoria peso-leve.
Foi o primeiro atleta do UFC a dá um mortal para trás na hora da pesagem, chamando a atenção da mídia mundial, que queria saber a história do jovem promissor, tanto que o Esporte Espetacular fez uma matéria especial com Nuguette reencontrando sua família em Brasília.
Desde o início do trabalho com o UFC, continuou apoiando projetos sociais, dando cara e pedindo apoio para compra de kimonos, tatames, nas áreas mais complicadas de Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, nascia assim o “Amigos do Alan Nuguette”, que hoje virou “Instituto Amigos do Alan Nuguette”, que atualmente atende mais de 1.500 alunos, entre crianças, jovens e atletas de alto rendimento.
Hoje, o projeto tem campeões mundiais, sul-americanos, pan-americano, brasileiro e a primeira índigena a subir no pódio no mundo, o terceiro lugar do brasileiro de judô, do interior de São Gabriel da Cachoeira.
Fotos: Jennifer Vieira
Texto: Di Castro Comunicação
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