O atendimento programado para o dia 28, sábado, começa às 7h. Toda pessoa que tiver algum sinal suspeito deve comparecer ao Hospital Alfredo da Matta, localizado na avenida Codajás, número 24, bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus.
Os sintomas principais da hanseníase são: áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato; formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber; pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas; diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose) e pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local.
A pessoa vai chegar no Alfredo da Matta, passar por uma triagem e será encaminhado para um especialista. Procedimentos de biópsia também serão realizados, o que deverá agilizar o diagnóstico final. Casos de dermatose (doença de pele) que não sejam confirmados como hanseníase também serão atendidos e ganharão o encaminhamento devido.
Busca Ativa
Normalmente, o atendimento às pessoas suspeitas de estarem com hanseníase são atendidas pela rede básica de Saúde, nas UBS. Mas uma mobilização deste porte ajuda a fazer uma busca ativa, com a realização de um atendimento condensado, de um maior número de pessoas em um curto espaço de tempo. O diagnóstico precoce e o imediato início do tratamento é um dos maiores avanços com este tipo de ação.
Em todo o Amazonas, a capital e a região do entorno reúnem a maior parcela de casos registrados em 2022, cerca de 32,9%. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde também apoia a ação da Fuham. “A ação que a Fundação Alfredo da Matta está realizando vai ajudar muito o município com a detecção de novos casos. A população já entende que a porta de entrada da hanseníase são as unidades básicas (de Saúde), mas essa busca de novos casos vai se intensificar com a ação do dia 28 (de janeiro)”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, Ingrid Santos.