O juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, aceitou nesta quinta-feira (19/1) o pedido de recuperação judicial da Americanas.
Com a decisão judicial, a Americanas consegue a suspensão, por 180 dias, da execução de qualquer dívida.
O pedido de recuperação judicial havia sido formalizado pela Americanas mais cedo. A empresa tenta renegociar dívidas para evitar falência.
O pedido ocorre 8 dias após a varejista informar ao mercado a existência de um rombo contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro. Ao todo, a empresa calcula ter R$ 43 bilhões em dívidas.
“A Americanas é, sem receio de se estar cometendo um exagero, uma gigante nos mercados brasileiro e mundial, que precisa do apoio e da compreensão do Poder Judiciário e dos credores para superar essa crise”, afirma a Americanas no pedido de recuperação.
Com mais de 40 mil funcionários e uma rede de 3.500 lojas, a varejista vendeu R$ 39 bilhões nos primeiros 9 meses de 2022. Ela está entre as maiores varejistas do país, ao lado de Magazine Luiza e Via (dona das marcas Casas Bahia e Ponto).
Na semana passada, a Americanas comunicou ao mercado a existência de “diferenças contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões. A empresa não esclareceu a origem do problema, mas o que se sabe até aqui indica que o balanço financeiro da varejista foi maquiado para exibir uma dívida muito menor do que a real.Até a semana passada, o volume de passivos da Americanas com fornecedores e bancos estava perto de R$ 20 bilhões. Revelado o problema contábil, a empresa anunciou que o endividamento real é de cerca de R$ 43 bilhões.
*Com informações do Metrópoles