Mais de 200 estudantes e profissionais estão reunidos para debaterem e apresentarem estudos sobre as defesas do organismo e os componentes do sangue durante o 7º Simpósio Internacional em Imunologia e Hematologia (7th ISIH). O evento iniciou na quarta-feira (30/11) com a apresentação de trabalhos científicos e a palestra do pesquisador do Centro de Pesquisa Ames da NASA, Dr. Afshin Beheshti. O 7th ISIH segue nesta quinta-feira (1/12), das 9h às 18h, no auditório Eulálio Chaves, localizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O bioinformático e investigador principal da KBR no Centro de Pesquisa Ames da NASA, Dr. Afshin Beheshti, afirmou que estar na Amazônia tem sido uma experência incrível. Responsável pela conferência “Do COVID-19 ao espaço: desregulação mitocondrial comum impulsionada por microRNAs circulantes que levam à supressão imunológica”, e explicou como é importante conhecer biomarcadores responsáveis pela doença.
Para o coordenador do evento, Dr. Allyson Guimarães, a proposta do evento é fortalecer os grupos de pesquisa que atuam nessas duas áreas e, também realizar um evento dessa magnitude na região amazônica. “O evento começou regional e foi criado no Programa de Pós-Graduação em Imunologia Básica Aplicada e hoje está na sua sétima edição e, de forma internacional”.
A virologista e responsável pela palestra “Novas abordagens terapêuticas para HTLV-1: abordando um retrovírus endêmico antigo na Amazônia”, Jordana Reis, destaca que o vírus não tem terapia e vacina disponível para a população, e o pior, ainda causa uma doença grave: a leucemia. “A gente precisa se alertar um pouco mais para o HTLV-1 que já é endêmico na região. A vacina é uma das apostas para ajudar a reduzir os casos e estamos trabalhando nela. Os dados são de 20 milhões de pessoas infectadas no mundo e o Brasil representa 2 milhões. O Brasil é o país com maior número de pessoas infectadas com o HTLV-1. Na região amazônica temos taxas de 1%, que achamos que possam ser subnotificadas, pois as pessoas só descobrem ao doar sangue”, explicou.
Para Fábio Magalhães, doutorando em Ciências da Saúde pela Fiocruz-Minas, apresentar os resultados do mestrado em Imunologia básica e aplicada. “Fico muito feliz que o Amazonas possa oferecer eventos como esse que traz pesquisadores renomados, inclusive internacionais. É um congresso muito rico em conhecimento onde temos oportunidade de pós-graduandos de vários programas de Imunologia, Hematologia e Medicina Tropical de apresentar um pouco das pesquisas que realizamos na nossa capital e nas cidades do Amazonas”, destacou.
Apresentação de trabalhos
Mais de 40 trabalhos nas áreas de hematologia e imunologia foram inscritos no evento e 32 foram aceitos pela Comissão organizadora do Simpósio. Nesta quinta-feira (1/12), serão apresentados os trabalhos aprovados em Hematologia. E, no dia 2/12, os melhores trabalhos nas áreas de Imunologia e Hematologia serão reconhecidos e premiados.
A solenidade de abertura contou com a participação da diretora do Departamento de Acompanhamento e Avaliação da Pós-Graduação, Adriana Malheiro Alle Marie; da diretora-presidente da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Maria do Perpétuo Socorro Sampaio Carvalho; da coordenadora de pós-graduação Stricto Sensu da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Patrícia Melchionna Albuquerque; do coordenador do programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada (PPGIBA) da UFAM e coordenador do evento; da coordenadora do programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Hematologia (PPGH) da UEA e vice-coordenadora do evento, Andréa Monteiro Tarragô; e do vice-diretor do Instituto de Ciências Biológicas da Ufam, José Fernando Marques Barcellos.
Sobre o evento
O evento é promovido por meio do Programa de Pós-Graduação em Imunologia Básica e Aplicada (PPGIBA), da Ufam, Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia (PPGH), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).