O estímulo de estudantes a conhecerem melhor o mundo da ciência pode despertar o interesse dos jovens para ingressarem neste meio de tantos caminhos e oportunidades. Foi com este objetivo que o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) abriu as portas, em novembro, para um grupo de cerca de 40 alunos da Escola Estadual de Tempo Integral Marcantônio Villaça 1, localizada na Cidade Nova, em Manaus.
Na ocasião, os alunos do primeiro ao terceiro ano do Ensino Médio tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura completa do local, desde a parte administrativa até a laboratorial. Eles participaram de uma imersão nas atividades do Centro, com direito a uma apresentação sobre os processos em desenvolvimento, os desafios e os avanços da biotecnologia – em especial a amazônica -, e puderam entrar nas juntas de pesquisa para visualizar alguns trabalhos promovidos pelo corpo cientifico do CBA, que já contribuem e podem contribuir ainda mais para o desenvolvimento de produtos, serviços e biotecnologias que apoiem a sociedade.
A estudante Maria Eduarda Silva disse, durante a visitação ao Centro, que “a experiência foi fascinante. Tivemos a oportunidade de conhecer o trabalho realizado por ótimos profissionais que desenvolvem a bioeconomia por meio de diversos estudos em biotecnologia”. Ela ainda complementou dizendo que “é de extrema importância existir um local para desenvolver este tipo de trabalho, pois possibilita o crescimento econômico da região”.
Para a professora Kamila Rangel Fernandes, que idealizou a agenda em conjunto com o CBA, a visita foi marcada pela emoção de ver a expectativa dos estudantes em conhecerem uma instituição que muito se fala na região e pelos conhecimentos adquiridos. “Fomos impactados positivamente pelo que pudemos aprender, desde a estrutura do Centro, suas frentes de trabalho e formas de pesquisa até as inovações apresentadas e os ganhos para a economia da nossa região que foram destacadas pela equipe da instituição”, declarou.
A professora ainda afirmou que, a partir desta visita, todos puderam verificar “o quanto somos ricos em recursos e biodiversidade e como ainda podemos usar tudo isso em nosso favor, seja de forma econômica, científica ou para a melhoria de vida da nossa gente”. Kamila disse que todos demonstraram satisfação ao verem laboratórios “bem elaborados, equipados e profissionais comprometidos, o que despertou o interesse dos alunos, que que demonstraram forte interesse no que viam, especialmente os trabalhos envolvendo óleos e alimentos de origem amazônica, bioprodutos e inovações que a química de alimentos pode trazer”.
Economia do presente
O assessor de comunicação do Centro de Biotecnologia da Amazônia, Márcio Gallo, guiou o grupo e ressaltou que “a bioeconomia é uma realidade que já movimenta valores vultosos por todo o mundo e, na Amazônia, há uma infinidade de recursos naturais que podem ser trabalhados para avançarmos numa economia baseada na vasta biodiversidade local, o que é uma janela de oportunidade para os futuros profissionais que hoje estão nas salas de aula”.