Nesta terça-feira (20/05), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Rozenha (PMB) classificou como xenofóbico qualquer argumento que questione a capacidade de dirigentes do futebol brasileiro nascidos na Região Norte. Ele defendeu Samir Xaud, o “nortista de Roraima” indicado à presidência interina da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “Dizer que Samir Xaud não está pronto para dirigir a CBF é não entender o porquê do Senado ser presidido por um senador do Amapá; o porquê da Câmara Federal ser dirigida por um deputado da Paraíba e o porquê da OAB nacional ser comandada por um amazonense.”, disse o parlamentar, que também é presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF).
Preconceito como retrocesso
Rozenha lembrou que o Norte ocupa duas vice-presidências na nova chapa da CBF, com representantes do Amazonas e do Pará. Ele reforça a ideia de que rejeitar esse protagonismo equivale a desprezar uma herança de talento e gestão. “Você ter nascido num estado menor não significa estar desqualificado para ser presidente da maior confederação de futebol do mundo”, afirmou.
O deputado enfatizou ainda a necessidade de “olhar para frente” e manter o protagonismo amazonense. “A presença do Amazonas na vice-presidência é a garantia da continuidade do protagonismo do estado em cenário nacional.”
Ao concluir, o deputado enfatizou a urgência de pacificar a CBF e devolver confiança ao torcedor. A eleição está marcada para este domingo, dia 26, e deve confirmar a chapa que reúne Xaud na presidência e Rozenha na vice-presidência. “Não dá para aceitar discursos xenofóbicos em direção ao Norte do Brasil. Se a CBF está entregue nas mãos do Norte, está em muitíssimas boas mãos. O futuro tende a ser um futuro de esperança e de realizações.”