Manaus enfrenta uma nova paralisação no transporte coletivo nesta terça-feira, 15 de abril de 2025. Motoristas e cobradores cruzaram os braços em protesto por melhores condições de trabalho, deixando milhares de passageiros sem transporte em diversos pontos da cidade.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 12% e a manutenção dos cobradores nos ônibus, cujos empregos estão ameaçados pela proposta de automação do sistema de bilhetagem
A paralisação de 50% do efetivo foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Manaus ainda na segunda-feira (14), após uma manifestação na Câmara Municipal de Manaus (CMM). No local, estava prevista a realização de uma audiência pública para debater o tema. No entanto, a sessão foi adiada.
Em nota a Prefeitura de Manaus informou:
“Em respeito à população e ao direito à mobilidade urbana, o município ressalta que está ciente da decisão liminar proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, no âmbito do Dissídio Coletivo de Greve nº 0000404-49.2025.5.11.0000, que determina a manutenção de, no mínimo, 70% da frota de ônibus em circulação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais períodos. A decisão também proíbe o bloqueio de garagens e qualquer ação que comprometa a prestação do serviço essencial à população.”
Os motoristas e cobradores do transporte convencional denunciam que empresa está comprando ônibus sem o espaço do cobrador e que estão demitindo os profissionais, para que passem a usar o motorista acumulando também a função do trocador.
A Lei Municipal 2.898 de 2022, que está em vigor, cita em seu artigo 8º, § 1º O pagamento da tarifa será feito pelo passageiro ao cobrador, no serviço Convencional, e ao motorista, no serviço Complementar. (Redação dada pela Lei nº 2923/2022), ou seja, a Lei Municipal em vigor deixa claro que o serviço Convencional não poderá acumular funções ao motorista.