Ícone do radialismo esportivo, Manaus se despede de Arnaldo dos Santos Andrade. Desde 2016, ele fazia tratamento contra câncer no pulmão e faleceu hoje, por volta das 11h, em Manaus, aos 86 anos.
Arnaldo destacou-se não somente nos eventos regionais, mas nacionais e internacionais narrando quatro Copas do Mundo, o tricampeonato da Copa Norte do São Raimundo e o acesso do Tufão à Série B em 1998, junto do Fluminense, e toda a trajetória do Tufão da Colina na Copa Mercosul e Série B do Campeonato Brasileiro de 2000 até 2006.
No governo de Amazonino, foi nomeado subsecretário de Desportos da secretaria de Estado, Cultura e Deportos–Seduc, respondendo pela presidência da Fundação Vila Olímpica, cuja primeira missão foi a recuperação do Estádio Vivaldo Lima, que para ele foi o maior desfio de sua vida profissional. A estratégia foi a mesma de 25 anos atrás, na sua pré-inauguração que era de trazer de volta a Seleção Brasileira como marco para finalmente inaugurar. Além do projeto original havia a necessidade de modernização do Estádio Vivaldo Lima. A reinauguração do Colosso do Norte, foi marcada com o jogo Brasil x Colômbia, com o primeiro gol para os visitantes, mas, sofrendo o revés para o país do futebol, terminando o placar em 3×1, para delírio de mais de 40 mil torcedores que lotaram, o Tartarugão como era conhecido o Vivaldão.
Arnaldo também foi membro da construção do estádio, que foi inaugurado com o clássico RioxNal, no dia 7 de março de 1971.
Arnaldo dizia que o maior jogo no Vivaldão não foi o da seleção brasileira, mas foi o Torneio da Gratidão, em homenagem ao saudoso governador Amazonino Mendes com os times Fast Club, Rodoviária, Rio Negro e Nacional. O torneio foi realizado logo após a reinauguração e ele disse que o sonho de Danilo Areoso, foi colocado na última reforma, que posteriormente passou por demolição para a construção da atual Arena da Amazônia, que continua com o nome de Vivaldo Lima.
O local e horário do velório e sepultamento ainda serão divulgados pela família.