O final do ano sempre representa um cenário propício para quem procura uma oportunidade temporária de emprego. Em 2024, a realidade não está sendo diferente. Segundo uma pesquisa realizada pelo Mission Brasil, maior ferramenta de serviços recompensados do país, cerca de 80% das pessoas estão se candidatando para uma vaga temporária nesta reta final do ano. Ainda segundo o levantamento, que ouviu 200 usuários, mais de 50% do público possui pretensão de ganhar até um salário mínimo.
A alta procura pelas vagas temporárias vai de encontro a um mercado aquecido no que diz respeito a oportunidades de final de ano. Um estudo publicado pela Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), aponta que o país deve contar com mais 450 mil novos contratos de trabalho provisórios até a virada de 2024.
O levantamento do Mission Brasil revela ainda que 43,5% dos entrevistados informaram ganhar atualmente até um salário mínimo, enquanto outros 43,5% possuem uma renda entre um e três salários. Apenas 8,5% relataram rendimentos entre três e cinco salários, e 4,5% recebem acima de cinco salários.
“O aumento expressivo na procura por vagas temporárias é reflexo da necessidade de complemento de renda para muitos brasileiros, que sofrem com aumento de preços, aliado às oportunidades oferecidas pelo mercado no final do ano”, explica Thales Zanussi, CEO e fundador da Mission Brasil.
A motivação para buscar uma oportunidade temporária também foi analisada. O complemento da renda foi o principal motivo apontado por 55% dos entrevistados. Outras razões incluem o ganho de experiência (17%) e a busca por maior flexibilidade e benefícios (13,5%).
O estudo também indica que 31% dos entrevistados preferem contratos com duração de quatro a seis meses. Em seguida, 28% buscam contratos de três meses, enquanto as vagas com duração de dois ou um mês atraem 20% dos participantes cada. Quando perguntados sobre possibilidades de efetivação, 69% classificaram como um fator muito importante.
“Esses dados mostram que os brasileiros estão se adaptando às demandas econômicas atuais e buscando soluções práticas para equilibrar suas finanças. As vagas temporárias surgem como uma opção viável além da renda extra, como a aquisição de experiência e o desenvolvimento de novas habilidades”, explica Zanussi.
Ainda segundo a pesquisa da plataforma, entre os setores com maior demanda por vagas temporárias, atendimento ao cliente lidera com 22% das intenções de candidatura. Em seguida, aparecem as funções de shopper (19%), vendedor (10%) e atendente geral (8%). Recepcionista (6%), auxiliar geral (4%), auxiliar de produção (4%) e estoquista (3%) também são citados entre as preferências de vagas. No recorte por áreas de atuação, o mercado de alimentos e bebidas é o mais buscado, com 20% das respostas. O mercado de eletrônicos representa 16% das intenções, seguido por cosméticos e logística, com pouco mais de 14% cada. Vestuário fica logo depois, com 11,9% das respostas, já turismo e brinquedos e produtos infantis empatam com 7,8% cada.
Em relação ao perfil dos entrevistados, a maioria das pessoas que procuram vagas temporárias são mulheres (55%), entre 29 e 38 anos (43%). A preferência pelo trabalho remoto foi outro destaque da pesquisa, com mais de 40% das respostas. Para o CEO do Mission, esse fator revela mudanças no futuro do trabalho, “o brasileiro tem buscado vagas remotas que possibilitem maior flexibilidade ao mesmo tempo que garanta a continuidade no mercado de trabalho”, conclui o executivo.