BRASÍLIA. O governo do presidente Lula está contribuindo para o agravamento do isolamento do Amazonas por terra, através do bloqueio das obras da BR-319 , e agora também pelo ar e água, com o corte de recursos para obras de portos e aeroportos importantíssimos não só para o turismo, mas para atividades econômicas e o direito de ir e vir dos amazonenses. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reagiu hoje com profunda indignação com o anúncio dos cortes orçamentários feito pelo Ministério da Fazenda, em áreas estratégicas e essenciais para o Amazonas. Foram retirados recursos fundamentais destinados à infraestrutura nos municípios de Coari, Manaus, Parintins e Jutaí, totalizando R$ 32 milhões de reais.
Os cortes inviabilizarão projetos já dados como certos como a reforma e reaparelhamento de aeroportos em Parintins ( R$ 500 mil), reforma do aeroporto de Coari ( R$ 17,2 milhões) , construção de terminais fluviais em Jutaí ( R$ 2,2 milhões) , construção do Porto de Manaus Moderna (R$ 10,2 milhões ) e construção de Terminal Fluvial São Raimundo ( R$ 1,5 milhão).
“E ainda dizem que o presidente Lula é amigo do Amazonas! Somos parte do Brasil, com contribuições importantes e demandas legítimas. Se o presidente Lula realmente é amigo do Amazonas reitero meu apelo para que o governo federal reveja sua posição e devolva ao Amazonas os recursos que pertencem ao povo. Não permitiremos que o desenvolvimento da nossa região seja negligenciado e que o nosso futuro seja tratado como secundário . Cortar recursos dessa forma é negligenciar nossa importância e comprometer ainda mais nosso desenvolvimento”, apelou Plínio
Ao protestar contra os cortes, Plínio disse que o Amazonas não pode ser tratado apenas como um símbolo ambiental ou uma pauta ocasional, e precisa de ações efetivas para melhorar o terrível índice de 62% da população vivendo abaixo da linha da pobreza. O senador ponderou que o Amazonas precisa de respeito, de prioridade e de investimentos. Alerta que a bancada não pode aceitar que políticas públicas ignorem a realidade da população do estado que contribui significativamente para o Brasil.
“Esses cortes não afetam apenas números no papel; eles representam uma barreira ao desenvolvimento da nossa região e um golpe direto na qualidade de vida da nossa população, carente de infraestrutura e desenvolvimento. São muito mais do que obras, estamos falando de conectividade e dignidade; são vitais para o transporte de pessoas e mercadorias, para o turismo, e para a integração de comunidades que já enfrentam enormes desafios logísticos, como a falta da BR-319, que já nos negam”, completou Plínio.