O volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% no mês de setembro deste ano, frente a agosto. É o quinto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,9% entre maio e setembro. O setor está 11,8% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-crise sanitária da Covid-19, e alcançou o patamar mais elevado da série histórica.
Em relação a setembro de 2021, o volume de serviços avançou 9,7%. Já no acumulado do ano, o volume de serviços subiu 8,6% frente a igual período de 2021. Os dados estão na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada, nesta sexta-feira (11/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
“O setor de serviços amplia o distanciamento pré-pandemia e também renova o ponto histórico mais alto da série histórica”, comentou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Três das cinco atividades investigadas pela pesquisa tiveram alta na passagem de agosto para setembro de 2022. O setor de informação e comunicação (2,0%) foi destaque, registrando o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. “Isso [foi] impulsionado tanto pela parte de serviços de tecnologia da informação, que segue mostrando ganhos recorrentes em função da aceleração do processo de transformação digital observado nos últimos dois anos, e também pelo avanço da parte de telecomunicações, influenciado pelas quedas dos preços dos planos de telefonia fixa e móvel ocorrida nos dois últimos meses em função do estabelecimento de teto de ICMS no âmbito estadual”, explicou Rodrigo Lobo.
Houve expansão ainda em serviços prestados às famílias (1,0%) com o sétimo crescimento seguido, período em que assinalou um ganho acumulado de 11,7%. E também no segmento dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%), com ganho agregado de 0,3% nos dois últimos meses.
Acompanhando o avanço do setor nacional, 19 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em setembro de 2022, na comparação com agosto. Na ponta da expansão estão Rio de Janeiro (0,7%), Santa Catarina (2,6%) e, empatados, Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). No lado oposto, a influência negativa veio principalmente dos estados do Paraná (-2,3%), Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).
Em relação às atividades turísticas, o índice cresceu 0,4% frente a agosto, terceiro resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,2%. Com isso, o segmento encontra-se 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série.
Na comparação com setembro de 2021, as atividades turísticas tiveram alta de 22,5%, impulsionadas pelo aumento na receita de empresas que atuam em transporte aéreo, locação de automóveis, restaurantes, hotéis, serviços de bufê e rodoviário coletivo de passageiros.
O volume de transporte de passageiros no Brasil expandiu 1,6% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 0,5% em agosto. O segmento está 1,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-crise sanitária da Covid-19) e 21% do ponto mais alto da série histórica.