Nos últimos meses, várias cidades brasileiras têm enfrentado uma piora significativa na qualidade do ar devido ao clima seco, altas temperaturas e incêndios florestais que intensificam a dispersão de fumaça. De acordo com dados da plataforma de monitoramento IQAir, cidades como São Paulo, Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estão entre as mais afetadas, com índices de qualidade do ar classificados como “insalubres”. Recentemente, São Paulo chegou a liderar o ranking das cidades com o ar mais poluído do mundo, superando grandes metrópoles como Karachi, no Paquistão, e Dubai, nos Emirados Árabes.
Essa má qualidade do ar traz graves consequências para a saúde da população, principalmente no que se refere a problemas respiratórios. Estudos recentes indicam que a exposição prolongada a poluentes atmosféricos pode desencadear uma série de doenças, como asma, bronquite, alergias, além de agravar condições pré-existentes, como doenças cardiovasculares e pulmonares. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão entre os mais vulneráveis. Autoridades médicas alertam que respirar esse ar poluído pode causar reações imediatas como tosse, coriza, olhos secos, falta de ar, agravamento de doenças respiratórias, como asma e bronquite e também pode contribuir para o desenvolvimento de doenças mais graves a longo prazo, como pneumonia.
A situação ressalta a importância de manter os ambientes internos limpos, uma vez que a poluição do ar externo pode impactar diretamente a qualidade do ar dentro de casa. A poluição interna pode ser tão prejudicial quanto a externa, especialmente se houver acúmulo de poeira, ácaros e outros alérgenos em superfícies como cortinas, carpetes e estofados. “Muitas pessoas não se dão conta de que o ambiente interno precisa ser cuidadosamente limpo para minimizar os efeitos nocivos da poluição externa.
Uma limpeza regular e profunda pode reduzir significativamente os riscos à saúde”, pontua José Roberto Campanelli, diretor da rede de franquias de intermediação de serviços domésticos Mary Help.
Investir em uma rotina de limpeza profissional é uma das maneiras mais eficazes de combater a proliferação de agentes nocivos dentro do lar. “A limpeza de filtros de ar, janelas, superfícies e objetos que acumulam poeira deve ser intensificada nesses períodos críticos. Esses cuidados ajudam a criar um ambiente mais saudável, reduzindo a exposição a partículas que podem piorar quadros respiratórios. Com a qualidade do ar em níveis preocupantes, garantir que os ambientes internos estejam livres de impurezas se tornou uma necessidade urgente”, finaliza Campanelli.
Em meio à piora da qualidade do ar, manter a saúde respiratória em dia vai além de precauções ao ar livre — começa dentro de casa. Com a intensificação das queimadas e a alta concentração de partículas nocivas no ar, a limpeza adequada de superfícies e a manutenção de ambientes saudáveis são ações fundamentais para minimizar os impactos dessa crise ambiental na saúde da população.