Enquanto, poucos prestigiavam o 7 de setembro ao lado de Lula em Brasília, o coração econômico do Brasil, a Avenida Paulista recebeu uma multidão vestida de verde e amarelo, para ouvir o pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). O jornalista americano, Michael Shellenberger esteve presente e chegou a postar um vídeo sobre a vinda dele ao Brasil.
Milhares de brasileiros começaram chegar bem cedo para prestigiar os protestos pacíficos do 7 de setembro com o ex-presidente.
Jair Bolsonaro falou sobre o inquérito aberto na Polícia Federal 1361/2018, que na primeira quinzena de novembro que, segundo ele, o investigava sobre fraude nas eleições, queria realmente dar posse a Fernando Haddad. “Moraes transformou o inquérito em secreto de verdade, pois ninguém mais teve acesso, mas eu tive acesso, mas se eu comentasse sobre ele aqui eu estaria cometendo um crime e é isso que o Alexandre de Moraes quer, que eu cometa um crime para ter motivos para me prender“, explicou Bolsonaro.
“Onde quer que vamos uma multidão me acompanha, o outro lado que ganhou as eleições ninguém o acompanha. Em qualquer lugar do Brasil que eu vá, o povo nos trata muito bem. Nós podemos ver um dia um time de futebol ser campeão sem torcida, mas um presidente sem povo é a primeira vez que estamos assistindo na história do Brasil. Falaram que eu tinha que passar a faixa para aquele cara, mas eu não passo faixa para ladrão“, disse.
Bolsonaro continuou falando que existem tipos de ladrão “um que rouba nosso dinheiro e outro, mais perverso, que rouba o nosso futuro e a nossa liberdade”. Sobre as eleições de 2022, Jair explicou que elas foram conduzidas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes e que que foi extremamente prejudicado por tal, “eu não podia fazer nada. Não podia fazer live da minha casa, não podia mostrar as imagens do 7 de setembro, não podia associar o Lula a ditadores da América do Sul, não podia postar imagens dele defendendo roubo de celular para tomar uma cervejinha, do outro lado tudo podia fazer tudo, e em especial inclusive, me chamar de genocida, por própria decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Não conseguimos entender como aquele, que segundo o TSE, que perdeu as eleições arrasta multidões e aquele que ganhou eleições e não consegue tomar refrigerante de qualquer lugar“, repudia o ex-presidente.
E ele ainda falou sobre que “se aquela facada, que eu tomei no dia 06 de setembro de 2018, por um integrante do PSOL, partido de extrema esquerda, tivesse sido fatal, Haddad seria presidente e eu teria sido enterrado como mandante da morte de Marielle Franco. Essa verdade eles não querem e, na verdade, quando eles falam e fazem gestões para controlar a mídia, ele não querem censurar desinformação, discurso de ódio ou fake news, eles querem censurar a verdade, eles não querem que nosso povo tome conhecimento da verdade de fato“.
“Se hoje sou o mais ex-amado do Brasil esse divórcio não foi feito pelo povo. Foi feito por parte desse ‘sistema’ que trabalhou 4 anos contra a minha pessoa, não havia semana que não era instigado por uma sentença judicial que atrapalhava nosso trabalho”, salientou.
Economia
Bolsonaro fez questão de relatar sobre a economia de sua gestão e as altas de taxas em produtos que atualmente o Brasil sofre. “Reduzimos a carga tributária de milhares de produtos, entre eles os combustíveis, o fim do DPVAT, a diminuição de 30% do IPI de mais 4 mil produtos, quanto mais diminuímos os impostos mais o Brasil arrecadava e crescia. Isso importunava o ‘sistema’, pois eles não conseguiam roubar mais. Eles decretaram a minha ilegibilidade, uma delas porque eu me reuni com embaixadores, eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão como o Lula fez”, declarou.
Sobre o 8 de janeiro, ele diz “aquilo jamais foi um golpe de estado e eu lamento por essas pessoas presas, jovens, idosos e chefes de família. Hoje, temos órfãos de pais vivos. Precisamos de uma anistia de pessoas que foram injustamente condenadas”.
Quanto a ilegibilidade “essas duas acusações estapafúrdias, sem materialização e sem Quem tem que escolher os seus presidentes tem que ser o povo e não um ou outro ministro que está dentro do Tribunal Superior Eleitoral”.
No discurso final, a multidão ficou enlouquecida quando o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro “Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, finalizou.