A conquista do Super Crown (super coroa, na tradução literal), prova final da Liga Mundial de Skate Street (SLS, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro, foi um dos feitos históricos alcançados por Rayssa Leal no último domingo (6). A maranhense, de 14 anos, tornou-se a skatista mais jovem a se sagrar campeã do circuito feminino da modalidade (disputada em uma pista com elementos de rua) e foi a primeira a vencer as quatro etapas da temporada. Antes, ela já havia ganhado em Jacksonville, Seattle e Las Vegas (todas nos Estados Unidos).
O triunfo da Fadinha no Parque Olímpico, zona oeste do Rio, foi assegurado somente na última manobra, quando obteve uma nota 7,4 que a colocou à frente da japonesa Funa Nakayama, segunda colocada. Momiji Nishiya, também nipônica, completou o pódio, que reuniu as três medalhistas do street feminino na Olimpíada de Tóquio (Japão). Na ocasião, Nishiya foi campeã, com a maranhense levando a prata e Nakayama o bronze. As orientais ocupam os dois primeiros lugares do ranking olímpico da World Skate, federação internacional da modalidade (Rayssa é a quinta).
“Estar no Brasil e poder carregar este troféu e o título de campeã mundial não tem preço. Fiquei muito emocionada, chorei muito! Eu nem estava esperando, imaginei que ficaria em segundo lugar, pois a Funa estava muito boa, mas graças a Deus deu certo! Em 2018, mandei até uma mensagem para o dono da liga, para que eu pudesse participar e hoje [domingo] estou aqui, sendo campeã mundial”, celebrou Rayssa, em comunicado da SLS à imprensa.
Outras duas brasileiras, ambas paulistas, participaram da final, que reuniu oito skatistas. Bicampeã, Pâmela Rosa ficou na quinta posição, enquanto Gabriela Mazetto concluiu a etapa em sétimo.
No masculino, o título do Super Crown ficou com o português Gustavo Ribeiro, que superou os norte-americanos Braen Hoban (segundo) e Chris Joslin (terceiro lugar). O brasiliense Felipe Gustavo, representante brasileiro na final, terminou na sexta posição.